domingo, 30 de setembro de 2012

Tertúlia literária homenageou o prof. Laurentino Monteiro (Ruy Monte)

O Núcleo de Artes e Letras de Fafe homenageou este sábado, 29 de Setembro, no Club Fafense, a figura do professor fafense Laurentino Alves Monteiro que, na sua obra literária e poética, assinou com o pseudónimo de Ruy Monte.
Trata-se de um autor que nasceu há 110 anos, exactamente em 24 de Julho de 1902, e que faleceu em 1986, com a idade de 84 anos. No ano do seu falecimento, foi incluído na toponímia de Fafe, Póvoa de Varzim e Vila Praia de Âncora, os locais onde escreveu primordialmente a sua vida e a sua obra.
A figura de Ruy Monte foi recriada pelo jovem actor Rafael Leite, do Teatro Vitrine, que foi o fio condutor da narrativa do espectáculo que levou ao Club Fafense várias dezenas de amigos e familiares do distinto professor do ensino secundário (particular) ao longo de 55 anos, leccionando nos Colégios do Carmo, em Penafiel, D. Nuno, na Póvoa de Varzim (durante 25 anos), de Belinho, em Esposende, Santa Rita (Caminha) e de Campos (Vila Nova de Cerveira).
Ao longo de mais de uma hora, foram pontuadas as várias facetas do ilustre fafense, como a actividade docente, a ligação à música e a diversos orfeões (de Fafe e de Vila Praia de Âncora) e a poesia, que foi uma das suas maiores paixões e que exerceu durante mais de meio século. Na poesia ressaltam os temas de todos os tempos: a mulher, o amor, a religião, a morte, os heróis pátrios, a terra, a gente anónima, o quotidiano. Mas também a crítica social, o humor, a caricatura. “Um poeta de imensa qualidade e de enormes recursos. Um clássico, pelos temas e pela forma, sobretudo o soneto” – como salientou Artur Coimbra, presidente da Direcção do Núcleo de Artes e Letras, que conduziu a tertúlia e que reuniu a belíssima obra poética de Ruy Monte e as suas saborosas crónicas dispersas por jornais e revistas dos locais onde viveu e trabalhou, publicadas em 2007 em dois volumes: um de poesia, outro de prosa.
Carlos Afonso, Acácio Almeida, João Castro e João Marques leram poemas de Ruy Monte.




O deputado Laurentino Dias, sobrinho e afilhado de Laurentino Monteiro, agradeceu ao Núcleo de Artes e Letras mais esta homenagem ao seu familiar e aludiu a diversos episódios da vida do inesquecível professor, ressaltando a sua forte intervenção social na Póvoa de Varzim e no Alto Minho, onde fundou associações e pertenceu a diversas agremiações desportivas e culturais. Leu dois poemas de Ruy Monte e evidenciou que Laurentino Monteiro trabalhou muito na vida, comeu o pão que o diabo amassou e “foi das pessoas que não passaram na vida de forma indiferente”.


Também o decano Francisco Oliveira Alves ajuntou um testemunho do seu relacionamento com o homenageado.
No final, Artur Coimbra fez os agradecimentos a todos os intervenientes e reafirmou que o objectivo das tertúlias literárias é redescobrir alguns dos valores literários e culturais de Fafe, já desaparecidos (Ruy Monte, Soledade Summavielle, Manuel Ribeiro, Vaz Monteiro, Euclides Sotto Mayor, Inocêncio Carneiro de Sá, entre outros nomes da cultura fafense que importa desvendar).
A sessão foi iniciada e culminada com a actuação do Coral de Antime, sob a direcção artística de Aníbal Marinho e que interpretou diversos temas do cancioneiro tradicional, ligadas às actividades agrícolas e terminou com a interpretação o tema “Num só corpo e alma, irmãos”, com letra de Laurentino Monteiro.

* Próximas iniciativas do Núcleo de Artes e Letras de Fafe

O presidente da direcção aproveitou para falar de duas iniciativas próximas do Núcleo de Artes e Letras de Fafe.
Assim, na noite de 12 de Outubro, no Salão Nobre do Teatro-Cinema vai lançar o livro A Primeira República em Fafe – Elementos para a sua história, uma obra de quase 400 páginas que tem a assinatura dos historiadores Artur Ferreira Coimbra, Daniel Bastos e Artur Magalhães Leite e que será apresentada por Maria Alice Samara, investigadora do Instituto de História Contemporânea da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, que assina o prefácio.
Depois, aquela associação cultural vai promover uma oficina de escrita criativa dirigida ao público em geral e orientada pelo escritor Carlos Afonso, membro da direcção do Núcleo de Artes e Letras.
Começa com uma acção de motivação, em 19 de Outubro, na Sala Manoel de Oliveira, com poetas e escritores locais e prossegue com três sessões na Biblioteca Municipal, nas manhãs dos sábados 3, 10 e 17 de Novembro.
É uma acção para despertar o gosto pela escrita e para aperfeiçoar as técnicas e os modos de melhor escrever, um conto ou um poema.
As inscrições serão abertas no mês de Outubro para quem pretenda participar.

Fotos: Manuel Meira Correia

sábado, 29 de setembro de 2012

Conselho Nacional de Ética: não são médicos, são coveiros!


Não se fala em outra coisa neste país, além naturalmente do flop financeiro de um governo incompetente e que não acerta as previsões que faz, como se comprovou ainda hoje com os números do INE.
A notícia é esta: um parecer do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida defende que o Ministério da Saúde «pode e deve racionar» os tratamentos a doentes com cancro, sida e doenças reumáticas.
Um alegado médico, quer mais parece o contabilista contratado pelo ministro da Saúde, de nome Miguel Oliveira da Silva, presidente desta entidade, defende que o racionamento «é uma luta contra o desperdício e a ineficiência, que é enorme em Saúde».
E ainda dizem que o parecer foi aprovado por unanimidade!...
Mas como é possível que homens que se dizem médicos estejam mais preocupados em poupar dinheiro ao governo do que em mitigar o sofrimento dos doentes com doenças graves? E os doentes não pagam para serem tratados, não descontam, nem pagam impostos? E os desperdícios são debitados à conta dos doentes crónicos?
Este país está francamente a virar um manicómio e já nem num conselho de ética (ética?) se pode confiar. Estão pura e simplesmente vendidos ao capital e ao governo, estes alegados clínicos!...
Como bem refere o fundador do Serviço Nacional de Saúde, António Arnaut, o «Estado não tem autoridade moral para cortar naquilo que é essencial à vida e à dignidade humana».
O racionamento de medicamentos ou terapias seria «a negação dos nossos princípios civilizacionais e constitucionais» - refere Arnaut.
Estes homens são uma aberração, ao condenarem os pobres que caem nos hospitais, com doenças graves, a morrerem antecipadamente, enquanto os ricos podem pagar os tratamentos de que necessitam.
Este caso já nem é do foro da política: é da psiquiatria. Esta gente está louca e quer por os portugueses alienados!...
Como é possível que alegados médicos pretendam, para fazer a vontade ao governo e à troika – matérias quer não deveriam ser da sua alçada, porque aos médicos incumbe defender os doentes – legitimar a eutanásia, apressando a morte de quem ainda poderia viver mais alguns meses ou anos, quando os medicamente são mais caros.
Mas nunca disseram a esses autênticos carniceiros que a vida não tem preço, desde a concepção à morte?
Se o governo tem de poupar, que comece a cortar nos próprios vencimentos, mais nos dos deputados, e em todas as principescas e escandalosas mordomias de todos, mais os gabinetes pejados de boys inúteis e pagos com vencimentos vergonhosamente imerecidos.
Não corte nos doentes fragilizados, que dependem de medicamentos (ainda que dispendiosos) para sobreviver.
Estamos a falar de uma desumanidade gritante, em nome de princípios economicistas que, se num político se podem compreender, em médicos nunca serão legítimos, nem aceitáveis, nem, admissíveis!
Bem anda assim a Ordem dos Médicos em abrir um inquérito aos médicos (?) que integram aquela estrutura sem qualquer ética e muito menos ligada à vida, por eventual violação do Código Deontológico e do juramento que todos os clínicos fazem quando se formam. O bastonário José Manuel Silva, fala numa situação “perversa, desumana e perigosa”.
A dignidade humana é inegociável e é um princípio fundamental do homem e do cidadão, previsto e defendido pela Constituição e pela Declaração Universal dos Direitos do Homem.
Estanha-se, assim, que sejam pessoas que se dizem médicos a avançar com uma enormidade que deveria fazer corar de vergonha quem tiver um pingo de humanidade.
Mas a sociedade actual está irremediavelmente doente, irrefragavelmente cancerosa, do ponto de vista moral! ESte é mais um exemplo paradigmático!

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Ilustre fafense Ruy Monte homenageado este sábado pelo Núcleo de Artes e Letras de Fafe

O Núcleo de Artes e Letras de Fafe vai promover uma sessão cultural, este sábado, 29 de Setembro, no Club Fafense, e em colaboração com esta associação, a partir das 22h00, em torno da figura do professor Laurentino Alves Monteiro e da obra literária e poética que assinou enquanto Ruy Monte. A acção insere-se no protocolo de colaboração entre as duas entidades.
O objectivo da iniciativa, de que este é a primeira andamento, é redescobrir alguns dos valores literários e culturais de Fafe, já desaparecidos (Ruy Monte, Soledade Summavielle, Manuel Ribeiro, Vaz Monteiro, Euclides Sotto Mayor, entre outros nomes que importa desvendar).
Além de elementos do Núcleo de Artes e Letras e outros convidados, que intervêm na leitura de textos e poemas e na evocação da memória de Laurentino Monteiro, participa amavelmente o Coral de Antime, sob a direcção artística de Aníbal Marinho e que interpretará, em diferentes momentos, os temas “Vindimas”, de Joaquim Santos, “Não quero que vás à monda”, canção alentejana harmonizada por Manuel Faria, “Dobadoira”, uma canção de trabalho de Joaquim Santos, “Cantares (quadras populares”), de Joel Canhão e, finalmente, “Num só corpo e alma, irmãos”, com letra de Laurentino Monteiro.
O jovem actor Rafael Leite encarnará figura do inolvidável professor Laurentino Monteiro.
Uma sessão a não perder!

Professor, poeta e escritor, conhecido literariamente pelo pseudónimo de “Ruy Monte”, Laurentino Alves Monteiro nasceu em Fafe, em 24 de Julho de 1902 e faleceu no Porto, em 07 de Julho de 1986. Possuía o curso completo do seminário Conciliar de Braga e foi aluno do grande musicólogo Padre Alaio, fundador do Orfeão de Braga, com quem aprendeu piano, orgão e canto. Fez parte, durante vários anos, como pianista, da orquestra do Prof. David Ferreira. Laurentino Monteiro foi um dos fundadores do Orfeão de Fafe, no qual cantou largo tempo e que dirigiu na sua primeira fase. Foi fundador e director artístico de diversos orfeãos académicos, sendo director artístico do Orfeão de Vila Praia de Âncora, de 1966 a 1974 e do qual foi eleito Sócio de Honra.
Este ilustre fafense foi professor do ensino secundário nos Colégios do Carmo (Penafiel), D. Nuno (Póvoa de Varzim), de Belinho (Esposende), Santa Rita (Caminha) e de Campos (Vila Nova de Cerveira).
Desde cedo ligado ao jornalismo, colaborou em diversos periódicos de Penafiel, Póvoa, Fafe e Caminha, onde colaborou literariamente, de forma intensa, na revista Caminiana. Publicou o seu primeiro livro de poemas, com o título Entre as Mulheres, em 1984, quando contava 82 anos de idade. Deixou inúmeros inéditos que o Núcleo de Artes e Letras de Fafe editou, em dois volumes, em 2007.
A Câmara da sua terra natal, Fafe, incluiu o seu nome na toponímia da cidade, por deliberação de 04 de Julho de 1988.

O novo veículo de transporte de Passos Coelho & Cia

No sábado passado, em plena Arcada, em Fafe, no âmbito da iniciativa “Dia Europeu sem Carros”, esteve patente, para quem o quis ver (e só os cegos não conseguiram, enquanto os daltónicos o viram num verde sportinguista), o novo e moderno veículo de transporte do primeiro-ministro Passos Coelho e dos seus ministros quando em digressão pelo país.
Dado o inacreditável clima de acesa contestação às suas brandas medidas (aliás, não se percebe que haja tanta controvérsia, nem se entende que um milhão de portugueses tenha trocado, há quinze dias, um belo dia de praia por uma arruaça por essas cidades fora…), o governo entendeu que o melhor era fazer deslocações num Mercedes sem ar condicionado, para “ajustar” a poupança ao que a troika exige.
Assim, a partir de agora, ninguém se admire de ver chegar a Lousada o tresloucado Álvaro, a Alfândega da Fé a miss Agricultura que não sabe o que é uma couve-flor ou a Coimbra o incrivelmente imbecil e estupidamente retrógrado Crato naquele veículo adaptado a tempos de crise e cujo protótipo esteve exposto em Fafe, para gáudio e fotos de muitos de nós.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Orlando Pompeu na colectiva “vernissage” da Miguel Bombarda (Porto)

O consagrado pintor fafense e nosso estimado amigo Orlando Pompeu, abriu uma nova exposição de pintura no passado sábado, 22 de Setembro, na Galeria Quadras Soltas, na Rua Miguel Bombarda, no Porto.
A abertura da exposição – com o título PRÉ-TEXTOS CONCETUAIS e que vai manter-se patente até ao próximo dia 3 de Novembro – integrou-se no âmbito da “vernissage” das diversas galerias da Rua “Miguel Bombarda”, que à mesma hora abriram as suas portas com novas exposições artísticas.
Pela primeira vez, pudemos testemunhar uma rua pejada de galerias e de visitantes, numa autêntica festa da cultura e da arte, como não é normal vivenciar-se. Uma alegria imensa, do tamanho de uma rua enorme, derramou-se na tarde quente de sábado, para gáudio de quem teve o privilégio de lá ter estado.
No caso da exposição de Pompeu, foram inúmeros os amigos e admiradores que marcaram presença na abertura da sua exposição. De Fafe, estiveram vários amigos, como o vereador da Cultura e Desporto, Pompeu Martins e o presidente do Núcleo de Artes e Letras, Artur Coimbra, e respectivas esposas, o poeta Acácio Almeida e as apreciadas artistas Cloé, Carminda Andrade e Délia Carvalho, entre outros apreciadores de uma obra que se derrama há muito pelo território continental e pelo estrangeiro. Durante a “vernissage”, ouviram-se palavras de imenso apreço pela obra artística do nosso ilustre conterrâneo, debitaram-se poemas e cantares, ouvindo-se sucessivas palmas, inteiramente merecidas, dirigidas a quem tem feito das mãos, da prodigiosa imaginação e da criatividade a matéria prima da sua obra maior.



Relembremos, para os mais distraídos, que Orlando Pompeu nasceu a 24 de Maio de 1956, em Cepães, concelho de Fafe. Estudou desenho, pintura e escultura em Barcelona, Porto e Paris. Nos anos 90 progrediu no seu percurso artístico ao ir trabalhar para os Estados Unidos da América, primeiramente, e depois, Japão. A sua obra consta em varias colecções particulares e oficiais em Portugal, Espanha, França, Inglaterra, Brasil, Estados Unidos da América, Japão e Dubai.
O artista é detentor de uma carreira de trinta anos bem como um currículo nacional e internacional ímpar...







Exposição em Espanha e Mega-exposição em Fafe (Outubro)

Entretanto, Orlando Pompeu abre nova exposição de “Pinturas gestuais”, já este fim-de-semana, na Galeria Trisquele e Medúlio, em Tui (Espanha).
A abertura terá lugar no próximo Sábado, dia 29 de Setembro, às 20:30 horas    (19:30 hora portuguesa), com mini-concerto de música folk, mantendo-se patente ao público até 28 de Outubro de 2012....
Esta mostra antecede a mega-exposição que Orlando Pompeu vai apresentar em Fafe, a partir de 13 de Outubro (e até 16 de Novembro), sob o título “Pré-Textos In-Conscientes”, com núcleos expositivos na Casa Municipal de Cultura (pinturas conceptuais), Biblioteca Municipal (pinturas gestuais) e Salão Nobre do Teatro-Cinema (Pinturas conceptuais).
A abertura ocorre pelas 16h00 do referido dia 13.

domingo, 23 de setembro de 2012

Cidade de Fafe esteve este sábado simbolicamente sem carros!

O Município de Fafe voltou a aderir este ano ao Dia Europeu Sem Carros, que decorreu este sábado, dia 22 de Setembro, no âmbito da Semana Europeia da Mobilidade.
Na Cidade sem o meu carro” foi o lema da iniciativa que decorreu ao longo do dia, visando retirar os automóveis do centro urbano e sensibilizar os cidadãos para a utilização de meios alternativos de deslocação.
O dia esteve excelente para o efeito e foi bonito de ver o centro da cidade entregue ao lazer, à descontracção, à brincadeira, aos meios alternativos de locomoção.
O centro da cidade foi devolvido aos peões. As zonas mais centrais serviram, assim, para passear, andar de bicicleta, trotineta, patins, cavalos, ou veículos não poluentes.
Ao longo do dia, realizaram-se inúmeras atividades lúdicas, com o apoio de diferentes entidades e associações, como o Regimento de Cavalaria de Braga, a Sociedade de Recreio Cepanense, os Restauradores da Granja, um dos ginásios locais, etc.
O centro da cidade foi ocupado com atividades de slide, Torre de Multiatividades (escalada e rappel), cavalos, bicicletas e carros de pedal, orientação, jogos tradicionais populares, insufláveis e prevenção rodoviária, entre outras atividades, que agradaram a quem gosta de uma cidade mais limpa e mais linda!  






Fotos de Manuel Meira Correia!


quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Espectáculo dos Fingertips no Multiusos de Fafe adiado para 2 de Novembro

O espectáculo da banda Fingertips, cuja actuação estava prevista para a noite de 28 do corrente mês, no Pavilhão Multiusos, a fechar o projecto “Justice Fafe Fest – Música com Causas”, foi adiado para a sexta-feira, 2 de Novembro – anunciou a organização.
O adiamento é justificado com um problema técnico relacionado com a produção do espectáculo, o que obrigou a produtora, Alien, em conjunto com o município e a banda, a decidir adiar o espectáculo para 2 de Novembro.
Foi, entretanto, resolvido juntar ao espectáculo o Progeto Aparte, um grupo local em expansão, que terá assim oportunidade de actuar junto de uma banda de renome nacional.

Fingertips é uma banda de pop rock portuguesa, que iniciou a sua carreira, em 2003, com o lançamento do seu álbum de estreia “All ‘Bout Smoke ‘n Mirrors”, atingindo o 1º lugar de airplay com o single “Melancholic Ballad”. Seguiram-se mais duas edições discográficas, “Catharsis”, em 2006, e “Live Act”, em 2007.
Em 2010, a Banda decidiu seguir um novo rumo, procurando uma nova Voz. Entre muitas centenas de candidatas/os, Joana Gomes foi escolhida para ser a nova Voz dos Fingertips..
Em Fevereiro de 2012, os Fingertips marcaram um evento de apresentação do novo disco, onde explicaram o porquê do seu nome “2”: o segundo disco da banda com a Joana.
Em Março deste ano, iniciaram uma digressão que ocupou os 3 meses seguintes, correndo Portugal de norte a sul com as suas novas canções. A banda passou por 25 cidades e incorporou nos seus concertos uma componente social.
Em Junho de 2012, os Fingertips apresentam a Música Oficial do Eurogym, “Let’s Share”, uma canção criada para os amantes do espírito de equipa no desporto, que evidencia o desejo de partilha dos sonhos em comum, dos laços de amizade, da vontade de vencer e de alcançar as metas desenhadas.
Até ao momento, os Fingertips gravaram cinco discos.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Manifestação colossal contra terrorismo do poder!

JN, 16/09/2012
Este sábado, 15 de Setembro, ficará na história como o princípio do fim do inepto governo de direita, que o mais certo é não chegar ao final da legislatura, a ultrapassagem e o descrédito da classe política e o triunfo da capacidade de mobilização das redes sociais. Foi o triunfo da cidadania, do protesto espontâneo, não manipulado por partidos ou sindicatos.
Centenas de milhares de portugueses (há quem fale em 1 milhão…) saíram à rua, no Porto, em Lisboa, mas também em Braga e em dezenas de outras localidades, para manifestar a sua indignação contra o terrorismo de Estado – da troika e dos seus feitores de S. Bento – em que se está a transformar a austeridade. Sob o lema “Que se lixe a troika. Queremos as nossas vidas”, os portugueses quiseram demonstrar que o limite da paciência e dos sacrifícios está a esgotar-se e que é preciso reagir, com veemência e firmeza, porque um governo não tem o direito de fazer tudo o que quer contra o seu povo, seja em que situação for! Não tem essa legitimidade democrática! Nem em situação de emergência!
Até que enfim que a alma que parecia adormecida dos antigos navegadores, das antigas padeiras de Aljubarrota, dos antigos guerrilheiros e combatentes, dos resistentes contra as várias tiranias e opressões, acabou por vir à luz do dia, na tarde solar deste sábado. Já se estava a ficar farto de um povo acocorado, de rabo entre as pernas, sem capacidade para manifestar a sua revolta! O mito dos “brandos costumes” foi uma construção salazarista, que não corresponde à idiossincrasia dos portugueses!
Público, 16/08/2012
Independentemente de filiações ideológicas ou doutrinárias, de idades ou condições sociais, três gerações, dos reformados aos trabalhadores e aos desempregados, coloriram as avenidas deste país num grito de protesto contra o massacre colossal de que os portugueses estão a ser alvo por parte de um governo sem alma e sem qualquer sensibilidade, que corta ordenados e subsídios, aumenta a carga fiscal para níveis insuportáveis e anuncia as mais gravosas medidas com a displicência de quem vê o mundo através de uma mera, académica e irritante folha de excell.
O país está em transe, sem dúvida, nem podia ser de outra maneira, perante um governo demente!
A primeira lição que há a retirar da gloriosa jornada de sábado, é para Passos Coelho e para a troika: tenham cuidado. O povo português não tem alma de escravo, embora às vezes aguente até um elefante em cima da barriga! Mas quando espirra, adeus Coelho!...
Já não se tolera que a democracia neste país seja um “permanente estado de excepção”, ao sabor de quem não tem legitimidade nem mandato para suspender a democracia.
Também o presidente da República tem de deixar de ser o fofo travesseiro onde a direita ressona. Ou assume a sua função de árbitro (que não joga a favor dos partidos que distribuem o tabuleiro do poder), ou ainda acaba por ter de resignar. Se é supremo magistrado da Nação, não pode passar a vida a servir de esfregão às políticas neoliberais e extremistas deste governo. Que se defina, de uma vez por todas: ou apoia o governo ou defende o interesse dos portugueses em geral, que é a sua missão fundamental!...
Em segundo lugar, fica comprovado que os partidos políticos estão ultrapassados. A sua eficácia mobilizadora é ridícula, perante ao gigantismo desta convocatória informal, num país cada vez mais qualificado, moderno e atento. Lá tiveram alguns que se colar às manifestações, para capitalizarem o descontentamento. Os políticos que se cuidem, os partidos que se actualizem!... O país não aguenta a forma de fazer política que está a ser protagonizada nos últimos anos.
O povo nas ruas também quer dizer que a democracia não significa apenas o depósito do voto de quatro em quatro anos, como os partidos gostam. O povo na rua é também exercício genuíno de democracia, vontade de expressar descontentamento e revolta, sobretudo quando os mandatários da soberania exorbitam das suas competências, dos seus projectos, das suas promessas.
Em terceiro lugar, e já nem era necessária esta demonstração, a força incomensurável das redes sociais e da sociedade da informação fica mais uma vez comprovada, sobretudo numa altura em que é latente a sublevação pacífica dos mais habilitados, em especial dos jovens, que são quem mais habilmente maneja estes instrumentos do conhecimento. E estão fartos de promessas não cumpridas, e de quem os convida provocadoramente a sair da “zona de conforto”, para irem entregar o seu saber e as suas qualificações aos países de emigração.
Revi-me, em todo o esplendor, na manifestação de um Portugal profundo, indomado, guerreiro, que não aceita tudo o que o chico-espertismo dos governos e das troikas nos querem impor.
Há um limite para a indignidade e para a imoralidade que foi claramente ultrapassado. O povo saiu à rua, para fazer história. Adorei. Ainda bem que não somos eternamente um povo de cócoras!

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Um infame abuso de poder!

É incontornável que continuemos a falar do colossal massacre de que os portugueses estão a ser alvo por parte de um governo sem alma e sem qualquer sensibilidade, que corta ordenados e subsídios, aumenta a carga fiscal para níveis insuportáveis e anuncia as mais gravosas medidas com a displicência de quem vê o mundo através de uma mera e académica folha de excell, como o faz essa estátua sonolenta sem ligação à realidade que é Vítor Gaspar. Ou encara o mundo laranja nas falinhas mansas de Passos Coelho, que cada vez os portugueses (mesmo os que o elegeram, nanja eu!...) quer ver longe da vista, dos ecrãs e das carteiras!...
Gerou-se um consenso social e económico contra o clima de espoliação em que se transformou a relação do Estado para com o cidadão (e ainda falam dos governos socialistas: quem mais gama os bolsos dos cidadãos do que esta cambada?), e que vai originar um agravamento da conflitualidade e da justa crispação contra os governantes.
Os portugueses estão a ser barbaramente massacrados por um governo insensível, que não olha a meios para atingir os fins, a pretexto do cumprimento de um memorando de entendimento cujos termos há muito foram ultrapassados e desvirtuados, por este governo e pela troika. O PS, que o assinou, já nada tem a ver com ele, claramente, tão alterado ele está. É como classificarmos um edifício que, depois de alterado, já nem se reconhece. Sendo o mesmo, já nada tem a ver!...
É impossível não atendermos a que, da esquerda à direita, das centrais sindicais às confederações patronais, ninguém apoia as medidas anunciadas pelo governo, desde logo essa saloiice de obrigar os trabalhadores a encher os bolsos das grandes empresas, aumentando as suas contribuições para a Segurança Social, enquanto aqueles vêem reduzida a Taxa Social Única, a pretexto de “combater as altas taxas de desemprego”, o que não passa de pura tanga.
Nenhuma empresa vai admitir funcionários neste período sem futuro, em que não há escoamento dos produtos, porque o consumo está em queda, e mais restrito ficará em 2013, como qualquer merceeiro é capaz de prever, o que não seguramente não acontecerá com o ministro das Finanças, a não ser que a realidade venha a encaixar no seu modelo teórico. Não é o modelo que tem de se adaptar à realidade e à pobreza dos portugueses!....
É impossível não ficar indignado quando se vem a saber que, enquanto os trabalhadores são coagidos a vender a sua força de trabalho cada vez mais barata, trabalhando mais dias pelo mesmo ou menos dinheiro, as grandes empresas lucram 800 milhões de euros com os cortes nos salários, e nem satisfeitas ficam.
Mais: é inacreditável que a própria troika venha declarar que não foi ela a autora da ideia da criação dessa monstruosidade que ninguém quer adoptar, e não interessa a ninguém, a não ser ao fisco: os trabalhadores ficam sem parte do seu magro salário e as empresas engordam a tesouraria mas não criam qualquer posto de trabalho.

* Como é possível? O governo “pediu seis vezes mais do que precisa cortar para a nova meta do défice”

É impossível não concordar com Manuela Ferreira Leite, e bem nos custa ter de fazê-lo, quando afirma que “só por teimosia se pode insistir numa receita que não está a dar resultados”, por um governo que actua com base em “modelos que estão a ser perniciosos e não têm nenhuma adesão à realidade”.
Um governo de loucos é o que é este executivo de Passos Coelho: incompetente, impreparado, a navegar à bolina, ao sabor das ondas, sem estratégia, sem rumo definido, sem uma luz ao fundo do túnel!
Os jornais desta semana, referem, para grande revolta e indignação dos portugueses, que o governopediu seis vezes mais do que precisa cortar para a nova meta do défice”. O Governo está a pedir aos portugueses um esforço de redução do défice "na ordem dos 4,9 mil milhões de euros", valor quase seis vezes superior à redução necessária combinada com a troika.
O défice deste ano deverá ser de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) e terá de cair para 4,5% em 2013, o que dá uma descida de "apenas" 850 milhões de euros, aproximadamente.
Que governo é este que massacra o seu povo, com doses cavalares de austeridade, ultrapassando em seis vezes o que a troika impõe, por mero tacticismo político? Merece respeito um governo assim, que gere o país sem qualquer pingo de sentimento perante o sofrimento que provoca ao seu povo? Merece algum apoio quem assim nos assalta os bolsos, abusando infamemente do poder que detém?
E ainda vem Vítor Gaspar ofender-nos colectivamente, afirmando que “os portugueses estão dispostos a fazer sacrifícios”! É preciso ter lata!...
Como já escrevi em outras ocasiões, o povo português tem de acordar definitivamente do seu marasmo, da sua brandura, da sua passividade! Chega de um povo acocorado, vencido, de rabo entre as pernas!
É preciso protestar, contestar, reclamar, encher as ruas de manifestações. Para marcar uma posição de dignidade, em defesa do presente e do futuro, contra os abutres de direita que não passam de feitores dos interesses dos grandes grupos económicos internos e externos, dos especuladores financeiros, dos burgueses capitalistas que dominam, silenciosamente, os cordelinhos do poder.
Em Portugal, na Europa e no mundo!

terça-feira, 11 de setembro de 2012

A família como reduto de felicidade!


Seis anos após o primeiro encontro (como o tempo voa, santo Artur!), na Quinta do Pombal, em Paços, a “Família Coimbra”, originária de Serafão e dispersa por cidades como Fafe, Guimarães, Matosinhos e Figueira da Foz, entre outras localidades portuguesas e afins (como Londres, por exemplo), reencontrou-se este domingo, num piquenique ao ar livre, em Vila Nova, Serafão. Um reencontro feliz com lágrimas (amargas, embora silentes) da perda de quatro dos seus membros, que entretanto voaram em direcção à Estrela do Sul e em memória dos quais foi guardado um justo minuto de silêncio.
Entre adultos e crianças, marcaram presença mais de meia centena de familiares, de três gerações, à beira da quarta.
Foi um dia em pleno de convívio, camaradagem, revelações, recordações, confidências, milhões de abraços, milhões de beijos entre quem muito se quer, uma tarde inteira de sorrisos em torno das mesas, debaixo das oliveiras de Vila Nova, ali a dois passos do encantador lago do “Lameirão” e da Capela de S. Gonçalo. A felicidade andou à solta por aquelas bandas, sem dúvida!
A família é o último reduto da fidelidade à alegria, à boa disposição, à realização do humanismo do homem, ao reencontro com o que de melhor a vida nos reserva.
Confraternizar com os familiares mais próximos, os pais, os irmãos, os cônjuges, os filhos, os sobrinhos, os tios, os primos, sem a submissão à ditadura do relógio, tranquilamente, como o sol passeia pachorrento o azul do firmamento, é um indizível hino à satisfação, à fortuna interior que nenhum dinheiro paga nem nenhum governo consegue hipotecar.
É o regresso ao coração, à casa de onde partimos e onde nos sentimos inteiramente realizados e preenchidos.
Amo a minha família, dos mais próximos aos mais distantes dos seus membros. Todos fazem parte do meu sangue e eu parte do seu. Todos somos a mesma árvore de vida que tem tronco e ramos e folhas e flores e frutos e todo um universo de afecto que nos une, imparável e imprescritível, como numa teia miraculosa que se vai tecendo e robustecendo, com orvalho e cristais! Ou diamantes, que é o que a família é!
Aqui ficam algumas imagens das dezenas que pululam no facebook dos que têm o privilégio de a elas aceder!

A primeira geração dos "Coimbras". Os pais. Os tios. Sempre em forma. Brilhantes!
A segunda geração os Coimbras. Tudo bons rapazes (e meninas!...), estes primos direitos.

Os "não Coimbras", ou seja, os cônjuges dos (e das) "Coimbras" são já numerosos...
A terceira geração dos "Coimbras" promete: em beleza, talento e juventude.
E ainda faltam alguns!...
  
Eis estes "Coimbra Brothers": gente boa, sem dúvida, a começar pelo je!...

No convívio, comeu-se, bebeu-se, riu-se e cantou-se. O Francisco toca muito bem!...
O je também deu uma perninha nas cantorias...

sábado, 8 de setembro de 2012

Esperteza saloia de Passos Coelho!


O chico-espertismo triunfou, mais uma vez, esta sexta-feira. O de Passos Coelho, com a maior desfaçatez de que é capaz, mas também o dos seus correligionários do PSD, que justificam o injustificável, e o dos seus aliados úteis do CDS, que conseguem não ver o que toda a gente vê, e que ainda ontem se negavam a aceitar: um brutal aumento de impostos para a generalidade dos portugueses, sobretudo para os que trabalham.
A miopia política desta gente aparentemente inteligente é impressionante.
Espera-se para ver o que o Presidente da República, que até agora não tem feito pevide contra o governo, e que não tem passado de uma posição banana, vai dizer, ele que tanto enche a boca da necessidade de haver “justiça” e “igualdade” na distribuição dos sacrifícios, e que não há lugar para mais sacrifícios para os mesmos de sempre. Quer dizer, os trabalhadores, e sobretudo os funcionários públicos. Eles voltam a ser outra vez sacrificados por este governo amigo da austeridade extrema, embora agora acompanhados pelos trabalhadores do sector privado.
Passos Coelho foi à televisão esta sexta-feira, meia hora antes do jogo Luxemburgo-Portugal, o que não é inocente, para anunciar o aperto da austeridade, deixar cair algumas máscaras e anunciar mais roubos de catedral aos portugueses.
Para a troika ouvir, forte com os fracos e fraco com os fortes, como é timbre nos últimos tempos, veio à televisão anunciar que, a partir de 2013, os trabalhadores vão passar a pagar mais à Segurança Social, dos actuais 11% para 18%, enquanto as empresas vão ter um alívio da Taxa Social Única, de 23,75% para 18%. Para poderem comprar mais carros para os patrões e montarem mais piscinas.
A “história” de que estas medidas caninas de austeridade são para “combater as altas taxas de desemprego” não passam de pura tanga.
Quando lacrimeja: «Deixem-me explicar o que está em causa. O desemprego atingiu dimensão que ninguém podia esperar», um motivo que exige «sacrifícios» que devem ser «um contributo equitativo e um esforço comum» – não passa de treta, para justificar o alívio dos encargos das empresas e o aumento da carga fiscal dos trabalhadores.
Nenhuma empresa vai admitir funcionários neste período sem futuro, em que não há escoamento dos produtos, porque o consumo está em queda, e mais restrito ficará em 2013.
Ou seja, o que Passos Coelho anunciou sexta-feira é que os funcionários públicos vão ficar, na prática, sem os dois subsídios anuais, tal como este ano, o mesmo acontecendo aos reformados e pensionistas.
Por isso, dá vontade de rir esta frase do discurso do primeiro-ministro, dirigida aos funcionários públicos: «O subsídio reposto será distribuído pelos doze meses de salário para acudir mais rapidamente às necessidades de gestão do orçamento familiar dos que auferem estes rendimentos». Quer dizer, a pretexto do acórdão do Tribunal Constitucional, o Governo dá com uma mão e tira com as duas. Os funcionários públicos nem vão ver a cor do dinheiro do subsídio que alegadamente é “reposto”!
A única verdade de Passos Coelho, neste contexto e que contradiz a sua afirmação anterior, desvendando o chico-espertismo da sua artimanha, é que «o rendimento mensal dos funcionários públicos não será alterado relativamente a este ano». Obviamente que não. Se o governo vai alegadamente “repor” um dos subsídios, por imposição do Tribunal Constitucional, mas vai buscar o mesmo valor por outro, o rendimento não se altera!...
Óbvio, meu caro Watson!...
Além dos funcionários públicos, também os privados vão ficar sem um mês de ordenado. O que significa que o malfadado, criticado e tão depreciado (pela direita) acórdão do TC, deu um jeitão do caraças, para que o governo possa ir ao bolso, além dos mártires de sempre, dos trabalhadores do privado. Benditos juízes do Tribunal Constitucional!...
Depois deste negro panorama, vir dizer, como Passos Coelho, que o Governo «rejeitou um aumento generalizado de impostos» no Orçamento do Estado para 2013, porque considera que isso comprometeria as perspectivas de recuperação económica do país, só se entende por brincadeira...
Se depois destes anúncios não estamos a falar de um “aumento generalizado de impostos”, alguém tem de ir parar a Rilhafoles!...
Onde anda o Dr. Paulo Portas, que tanto brame contra o aumento de impostos e agora se mostra tão silencioso e cúmplice com esta catástrofe?!... Pura politiquice, como ele gosta, e é especialista!... Só aparece quando não é preciso, ou quando os submarinos estão à superfície.
São sempre os mesmos a pagar a crise: os trabalhadores e os pensionistas. A receita não varia nem uma vírgula.
Passos Coelho não anunciou uma única medida para o grande capital, as grandes empresas, as enormes fortunas, aqueles que podem e devem solidariamente contribuir para este momento de crise. Como aqueles “criminosos de lesa-pátria” (não têm outro nome) que têm mais de 3 mil milhões de euros em capitais no estrangeiro, à revelia das leis portuguesas, aquilo a que se chama fuga de capitais.
Para essa gente, que é muito patriota mas para quem o capital não tem pátria, não há medidas draconianas.
É a classe média que vai continuar a ser fustigada, maltratada, espremida, humilhada, espezinhada com impostos e tributos de toda a espécie.
Até que algum dia se lembre que há uma alma de antigos navegadores dentro dela, de antigas padeiras de Aljubarrota, de antigos guerrilheiros e combatentes, de resistentes contra as várias tiranias e opressões. E venha para a rua protestar para dizer BASTA!
Um governo não tem o direito de fazer tudo o que quer contra o seu povo, seja em que situação for! Não tem essa legitimidade democrática!
E o povo português tem de acordar do seu marasmo, da sua brandura, da sua passividade!
Mete dó este país de rabo entre as pernas!

NB – Também metem dó, para não dizer mais, as declarações de um castiço chamado Miguel Frasquilho, que pelos vistos é deputado, e do PSD (isso nota-se), quando vem afirmar, sem se rir, que as novas medidas de austeridade representam a alternativa para evitar que o Tribunal Constitucional volte a declarar inconstitucional as vias do Governo para a redução do défice e da dívida.
«A opção inicial do Governo [no Orçamento do Estado para 2012] era diferente e foi a decisão do Tribunal Constitucional que obrigou a que fosse encontrada uma alternativa. Evidentemente, o Governo não podia correr o risco que o Tribunal Constitucional voltasse no próximo ano a decisão que tinha sido tomada», salientou o ex-secretário de Estado social-democrata.
Quer dizer, para cumprir a decisão do Tribunal Constitucional, o governo não vai apenas suspender, enviesadamente, como se viu, os subsídios de natal e de férias aos trabalhadores do sector público e aos reformados, como vai alargar o “esticão” de um salário ao privado.
Há políticos que, na verdade, são um nojo para justificarem o que não tem justificação. São tiradas para atrasados mentais, que é como eles vêem os portugueses!