Este início de Agosto, tradicionalmente mês de férias, de alegria, de festa, tem-se revelado trágico no município de Fafe. Em apenas algumas horas, registaram-se duas desgraças, envolvendo outros tantos jovens no começo da existência, com todo o futuro para cumprir.
Na tarde de domingo, 1 de Agosto, um jovem de apenas 13 anos de idade, Luís Vieira de Castro, divertia-se com uma pequena mota num lugar da freguesia de Travassós, quando foi abalroado criminosamente por um automóvel cujo condutor se colocou em fuga. O jovem, atleta do Desportivo Ases de S. Jorge e aluno da EB2,3 de Montelongo, nesta cidade, acabaria por não resistir ao embate e faleceu no local.
Na madrugada do dia seguinte, junto ao Mercado Municipal, um jovem emigrante de 16 anos, Michael Meira, conhecido do anterior, foi abatido a tiro, alegadamente por tentativa de roubo, saindo ferido outro jovem emigrante, de férias nesta cidade que mais pareceu, nesta feita, um inomável faroeste.
O alegado homicida, residente na Cumieira, foi detido e encontra-se em prisão preventiva, à espera de julgamento. Os trâmites foram cumpridos e a justiça está a funcionar, pelo menos nesta fase…
Contudo, o que mais revolta a consciência dos cidadãos, é o facto de o condutor que tirou, estupidamente, a vida a um adolescente, continuar em liberdade.
Como resume o JN de 4ª feira, 4 de Agosto, no lead, “o homem que, na tarde de domingo, conduzia o automóvel que abalroou e matou um rapaz de 13 anos, em Fafe, fugindo de seguida, entregou-se à GNR no dia seguinte. Tinha saído da cadeia há pouco tempo, não tem carta e o carro estava ilegal. Foi libertado”.
Mas que país é este em que um condutor mata um jovem, foge do local do acidente, abandonando a vítima, não possui carta de condução, conduz um carro em situação ilegal e ainda é “premiado” com a medida de coação mais leve, o famoso TIR (Termo de Identidade e Residência)?!...
Que justiça é esta, que descredibiliza o regime democrático e leva muitos cidadãos a clamar pelo tempo da “outra senhora”, quando, presumivelmente, haveria mais respeito e as leis penalizavam os criminosos?!... Que respeito pelas vítimas, por quem morre, por quem é ferido, por quem vê diminuídos os seus direitos e a sua integridade?!...
E depois ainda nos admiramos que o populismo de Paulo Portas venha ganhando votos com as suas campanhas vigorosas contra a permissividade da justiça portuguesa!...
Todos havemos de concordar que, em muitos aspectos, tem razão e que os códigos penais que o “Bloco Central” ainda há poucos anos aprovou deixam muito a desejar. É o violento quotidiano que o vem demonstrar, para quem quer ver!...
Na tarde de domingo, 1 de Agosto, um jovem de apenas 13 anos de idade, Luís Vieira de Castro, divertia-se com uma pequena mota num lugar da freguesia de Travassós, quando foi abalroado criminosamente por um automóvel cujo condutor se colocou em fuga. O jovem, atleta do Desportivo Ases de S. Jorge e aluno da EB2,3 de Montelongo, nesta cidade, acabaria por não resistir ao embate e faleceu no local.
Na madrugada do dia seguinte, junto ao Mercado Municipal, um jovem emigrante de 16 anos, Michael Meira, conhecido do anterior, foi abatido a tiro, alegadamente por tentativa de roubo, saindo ferido outro jovem emigrante, de férias nesta cidade que mais pareceu, nesta feita, um inomável faroeste.
O alegado homicida, residente na Cumieira, foi detido e encontra-se em prisão preventiva, à espera de julgamento. Os trâmites foram cumpridos e a justiça está a funcionar, pelo menos nesta fase…
Contudo, o que mais revolta a consciência dos cidadãos, é o facto de o condutor que tirou, estupidamente, a vida a um adolescente, continuar em liberdade.
Como resume o JN de 4ª feira, 4 de Agosto, no lead, “o homem que, na tarde de domingo, conduzia o automóvel que abalroou e matou um rapaz de 13 anos, em Fafe, fugindo de seguida, entregou-se à GNR no dia seguinte. Tinha saído da cadeia há pouco tempo, não tem carta e o carro estava ilegal. Foi libertado”.
Mas que país é este em que um condutor mata um jovem, foge do local do acidente, abandonando a vítima, não possui carta de condução, conduz um carro em situação ilegal e ainda é “premiado” com a medida de coação mais leve, o famoso TIR (Termo de Identidade e Residência)?!...
Que justiça é esta, que descredibiliza o regime democrático e leva muitos cidadãos a clamar pelo tempo da “outra senhora”, quando, presumivelmente, haveria mais respeito e as leis penalizavam os criminosos?!... Que respeito pelas vítimas, por quem morre, por quem é ferido, por quem vê diminuídos os seus direitos e a sua integridade?!...
E depois ainda nos admiramos que o populismo de Paulo Portas venha ganhando votos com as suas campanhas vigorosas contra a permissividade da justiça portuguesa!...
Todos havemos de concordar que, em muitos aspectos, tem razão e que os códigos penais que o “Bloco Central” ainda há poucos anos aprovou deixam muito a desejar. É o violento quotidiano que o vem demonstrar, para quem quer ver!...
2 comentários:
O pequeno Luís partiu cedo demais e de forma trágica... porquê? para quê?
As Religiões sabem dar as suas explicações... mas, a mim cada vez mais , convencem menos... Este é um desabafo que nem sequer é original nestas circunstancias. Santo Ovídio ficou em estado de choque ao perder uma criança gentil, afável, activa,um amigo que conseguiu reunir na sua derradeira viagem uma multidão, como há muito não se via em Fafe.
É certo que esta manifestação pública não servirá de muito, sobretudo para a familia que sofreu o maior golpe de uma vida.
Quanto ao "assassino" e à modernas formas de coação... enfim, ou isto muda ou qualquer dia estamos a assistir à justiça popular com linchamentos em praça pública. Parece que neste país, citando o João Coimbra, parece haver "um desuso crónico dos neurónios"
O Luis Mário foi brutalmente privado de uma vida muito mais longa. Recordá-lo-ei sempre com aquele seu jeito irreverente de surriso fácil e agradável.
Para o Luís: SIT TIBI TERRA LEVIS
Ao autor do texto, felicituo pela coragem de apontar o dedo à (in)justiça portuguesa.
Eis o tipo de ocorrência que nos silencia nas palavras!Que nos deixa com pena de com a pena não podermos dar outro fim aos acontecimentos!
Escreveriamos outro fim, mesmo que o enredo fosse igualmente dantesco!
Que os tempos de insegurança não ultrapassem os já vividos e que morar em Fafe continue a ser seguro e saudável!
Beijinho terno!
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