domingo, 11 de julho de 2010

PROCISSÃO DE Nª Sª DE ANTIME - DOIS POEMAS ALUSIVOS


De entre os imensos textos e poemas que têm sido produzidos sobre as festas maiores do concelho de Fafe em honra de Nossa Senhora de Antime e, designadamente, sobre a imponente e tocante procissão que anualmente atrai milhares de fiéis ao trajecto entre a Igreja Matriz de Antime e a Igreja Nova de S. José de Fafe, escolhemos dois sonetos paradigmáticos, um do falecido Professor Laurentino Alves Monteiro (Ruy Monte), já com mais de quatro décadas e outro do Cónego Valdemar Gonçalves, com escassos anos.
A foto que encima o post (e todos os outros aqui publicados) é do nosso amigo Manuel Meira Correia.
Aqui vão os textos para saborear neste dia maior das Festas do Concelho:

Senhora de Antime
(Passando no seu andor)

Lá vem a Mãe de Deus, com Deus ao colo!
- É bonita não é? Reparem bem.
Onde é que vemos nós olhar de mãe
Que espalhe tanta luz, tanto consolo?

Mas vai triste, não vai? Porque será?
O menino sorri, por entre os dentes:
- Pesamos muito, Mãe, mas são valentes
Verás que nem um arriará.

E aí vão eles, de cravo arrebitado,
Aos saltos, num correr cadenciado,
Que, ao longe, até parece que é dançar…

Quarenta arrobas!... mas valeu o peso,
Que a Senhora vai dar a cada teso
A mais linda moçoila p’ra casar.


Ruy Monte

A procissão

Quando a Senhora vem da sua Igreja,
da paróquia de Antime, com piedade,
é pertença de Fafe, que se veja
como todos lhe queremos de verdade!

Toda a gente, no dia, lhe deseja
depor aos pés a sua intimidade
e confiar um pedido: que Ela seja
a sua Mãe por toda a eternidade!

É a Rainha eleita, a escolhida
a quem se dá o coração e a vida
num cântico de amor e alegria!

Com afinco se pega ao seu andor
e a procissão irrompe num clamor
de Fafe inteiro, filho de Maria!

Valdemar Gonçalves

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