Excedeu claramente as expectativas o espectáculo que a cantora Rita Redshoes protagonizou este sábado à noite no Teatro-Cinema de Fafe, no âmbito do projecto “Concertos Íntimos”, da iniciativa e financiamento da autarquia local. Falta o espectáculo da fadista Carminho, agendado em definitivo para o dia 9 de Dezembro.
A sala lotou por completo, de um público maioritariamente jovem que não se cansou de aplaudir as canções interpretadas por uma das mais jovens e promissoras artistas da música feita em Portugal.
Rita dos Sapatos Vermelhos passou em revista as principais canções da sua ainda jovem carreira, sobretudo do seu segundo álbum, “Lights & Darks”, em cuja digressão nacional este concerto se integrou.
Fafe teve a oportunidade de ouvir um dos valores emergentes da música que se faz em Portugal, embora cantada em inglês.
Extremamente simpática, simples, graciosa, com uma presença em palco que enche o coração, Rita encantou o auditório e ainda teve tempo para elogiar o “admirável Teatro-Cinema de Fafe”, o excelente piano “à séria” que a sala contém e no qual se divertiu, interpretando a solo três canções, a letra de uma das quais foi concluída em Fafe, na manhã de sábado. Foi a primeira apresentação pública dessa canção. A artista elogiou ainda a gastronomia da nossa cidade, o acolhimento que recebeu na cidade e na maravilhosa quinta do Pontido, em Queimadela, onde almoçou!
Rita conquistou os fafenses com a sua voz e a sua postura em palco. Após o espectáculo, ainda veio à cena com os seus dois músicos para mais quatro “encores”. No total, foram mais de 90 minutos de música de elevada qualidade, que encheu a alma de quantos tiveram o privilégio de assistir ao concerto!
Chamamos a atenção para o excelente vídeo de 9 minutos de Jesus Martinho, no blogue http://teatrocinefafe.blogspot.com/.
Deixamos de seguida algumas fotografias de Manuel Meira Correia sobre o espectáculo.
Rita na intimidade
Na tarde de sexta-feira, perante alunos da Escola Secundária, da EB2,3 Montelongo e do Colégio de Fornelos, e numa conversa coordenada pelo vereador da cultura Dr. Pompeu Martins, Rita falou descontraidamente da sua intimidade, respondendo às perguntas de mais de uma centena de adolescentes.
De uma forma simples e acessível, mostrando ser uma jovem sem complexos de vedeta, Rita Redshoes revelou que a música é a sua grande paixão, trocando o curso de psicologia que fez na universidade pelos palcos do país e do estrangeiro.
A alcunha “Redshoes” foi buscá-la ao filme “Feiticeiro de Oz”, onde existe uma personagem chamada “Sapatos Vermelhos”. Isto para não se confundir com a Rita Pereira, ela que também é Rita e Pereira (filha de Carlos Pereira, antigo dirigente do SCP).
Revelou-se tímida e disse sentir-se bem ao não ser reconhecida na rua. Canta em inglês porque o tipo de música pela qual enveredou (o “country”) não combina com a língua portuguesa. Gosta mais de cantar para pequenos auditórios do que em grandes festivais, porque tem a oportunidade de interagir mais intimamente com o público (como foi exemplo esplendoroso o caso de Fafe).
Para as suas canções, inspira-se na sua vivência mas também na vida de pessoas que conhece, misturando essas vivências no resultado final. Não tem a preocupação de intervir socialmente com a sua música para mudar o mundo. A sua música é a do quotidiano, dos amores e desamores do dia a dia.
Os jovens interrogaram a artista e ficaram a saber que idade tem (30 anos), onde mora (Lisboa), se é casada (não), se tem filhos (não), quanto calça (38), o que levou a Rita a declarar, com alguma graça, que lhe colocaram “questões que nunca ninguém me havia feito nas entrevistas e às quais eu sempre tive vontade de responder”.
Um ponto (de exclamação) esta Rita dos Sapatos Vermelhos!...
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