1. Está a dar que falar por estes dias: o Estado vai
injectar 1100 milhões de euros na operação de recapitalização do BANIF, indicou
o Ministério das Finanças em comunicado à CMVM.
O ministério liderado por esse incompetente (não há
outra designação para quem não acerta uma previsão que faz…) Vítor Gaspar, que
deverá ser remodelado não tarda muito, indicou que «após esta injecção de
capital, um total de 5,6 mil milhões de euros terá sido injectado no sistema
bancário privado português». Beneficiando o BCP, o BPI, a CGD e o BANIF.
Alegadamente ao «abrigo do Programa de Assistência Económica e Financeira a
Portugal». Não deixa de constituir um escândalo e uma protecção ignóbil ao
sistema financeiro, que foi quem desencadeou a crise em que o país se encontra
e que os cidadãos acabam por pagar com os seus impostos e o empobrecimento
generalizado.
Significa que o sistema capitalista implantado em
Portugal pela tróica e seus capatazes internos está absolutamente preocupado
com a saúde financeira dos bancos, sugadores dos depositantes, mas nadíssima
importado com as grandes ou pequenas empresas que vão à falência por falta de
liquidez financeira ou de créditos bancários. Ou com os cidadãos que entram em
insolvência porque ninguém lhes empresta dinheiro, ou acredita neles.
Os bancos estão sempre na maior: no tempo das “vacas
gordas”, ganham milhões a explorar os cidadãos, em empréstimos e outras
operações financeiras o mor das vezes absolutamente especulativas. Nos tempos
de crise, os bancos têm de ser “recapitalizados”, coitadinhos, embora não
emprestem dinheiro nenhum à economia ou aos cidadãos.
Não é isto uma vergonha? Afinal, o sistema bancário
serve para quê? Para explorar e viver à custa dos contribuintes, que são quem
acaba por pagar a factura, em ambas as situações?
Vão o governo e a tróica gozar com a cara da suas tias!... E deixem os portugueses em paz!...
Não se pode exterminá-los?
2. Por isso, não custa concordar com o Bloco de Esquerda que considerou, pela voz do deputado
Pedro Filipe Soares, a recapitalização do Banif uma «expropriação de dinheiro
dos contribuintes», em que o Estado paga mas não manda.
«O Estado português avança com 1100 milhões de euros
para um banco avaliado em 570 milhões, mas nem assim terá qualquer voz na sua
gestão. É a nacionalização na versão PSD e CDS, o Estado paga, assume os riscos
mas não tem nada a dizer sobre a condição dos destinos do banco. Isto não é uma
injecção de capital, nem sequer é uma nacionalização. Isto é uma expropriação
do dinheiro dos contribuintes», contestou.
«O dinheiro que o Governo colocou no Banif, sem
nenhuma garantia de o voltar a ver, é mais do que o subsídio retirado aos
funcionários públicos ou quase tanto como a sobretaxa de IRS criada agora pelo
Governo. Os sacrifícios para as pessoas estão a servir na prática para salvar
os bancos privados», comparou o deputado.
Neste sentido, considera que esta operação vai sair
muito cara aos contribuintes.
É uma
vergonha, e um escândalo, sem qualquer dúvida!
3. Mas não há quem ponha cobro a esta pouca vergonha!... Teremos de assistir passivamente a este crime de lesa-portugueses?!...
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