terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Relembrando o 31 de Janeiro de 1891: primeiro momento de uma República hoje violentada

Passa hoje mais um aniversário (121 anos) do 31 de Janeiro de 1891, considerado pela historiografia como o primeiro grande momento da luta contra a monarquia e a favor da instauração da República, essa feliz realidade e regime que nos rege, mas que os actuais governantes vilipendiam, autênticos mercenários da História e roubadores do passado colectivo.

Nesse dia, a bandeira republicana esteve hasteada durante algumas horas no coração do Porto, por acção de um punhado de corajosos lutadores que se envergonhariam até ao nojo dos Álvaros, dos Passos e dos Gaspares que em 2012 cuspiriam na memória dos que se sacrificaram em prol de um Portugal mais livre, solidário e independente, ao contrário do vómito em que o transformaram!...

O 31 de Janeiro surge como reacção ao célebre Ultimato inglês de 11 de Janeiro de 1890.

Nesse dia, a Inglaterra enviou ao rei D. Carlos um ultimato: ou os Portugueses desocupavam os territórios situados entre Angola e Moçambique ou o governo inglês declarava guerra a Portugal.

O Governo viu-se obrigado a aceitar o Ultimato, o que provocou manifestações de descontentamento, protestos e greves. Em 14 de Janeiro de 1890, o Partido Republicano Português organizou uma grande manifestação em Lisboa, acusando o rei D. Carlos e o Governo de terem traído os interesses dos Portugueses em África.

É nessa onda de descontentamento que surge o hino militar chamado “A Portuguesa”, exaltando as glórias do passado e incentivando a resistência contra os ingleses. Foi composto pelo músico Alfredo Keil que pediu ao poeta Henrique Lopes de Mendonça que escrevesse uma letra que desse voz à revolta que grassava pelas ruas.

A música começou a ser cantada por todo o lado, nos cafés, nas ruas, nos clubes. Era a música de todos os descontentes. Foi proibida pelo governo, mas continuou a ser cantada às escondidas.

A partir de 1910, passou a ser o hino nacional, até hoje!... Com esta gente que corta ordenados e elimina feriados, será até quando?

Qualquer dia, trocam o hino nacional por qualquer cantiga do Emanuel ou do Tony Carreira. Já esgotei a minha capacidade de surpresa, no último meio ano!...

O movimento revolucionário de 1891, disse um dos seus protagonistas mais conhecidos, João Chagas (futuro chefe de um governo republicano), de que se falará abaixo, pôs “definitivamente a soberania popular em face da velha soberania régia, separando-as completamente e tornando público esse divórcio.” “A revolução do Porto feriu de morte a Monarquia que nunca mais teve um momento de repouso. A partir de então, deixou de haver em Portugal uma forma de governo estável, mas um conflito permanente entre as duas soberanias.”

Relembramos a seguir um texto publicado por Pedro Olavo Simões no JN de 24 de Janeiro de 2010, já lá vão dois anos, no âmbito das comemorações do centenário da República, que naquela altura faziam sentido e cujo amesquinhamento pelos sujeitos que ocupam temporariamente as cadeiras de S. Bento nos faz corar de vergonha.

O autor faz avultar a acção dos sargentos no deflagrar do 31 de Janeiro, uma das datas mais emblemáticas do Portugal Contemporâneo, para quem respeita a História Pátria, o que, desafortunadamente, hoje em dia até parece um pecado!...

 

“Tem por aqui sido dito, e é consabido, que o 31 de Janeiro de 1891 foi, em boa medida, a revolta dos sargentos. "A sargentada do Porto", dizia-se nos círculos republicanos portuenses. Mas são esses homens, movidos por razões de ordem variada, os mais esquecidos.
Além do sargento Abílio de Jesus, cuja memória perdura pelo simbolismo de ter sido o primeiro militar a bradar "Viva a República!" - quem lá estava bem viu -, eram oficiais os militares mais recordados como participantes na revolta republicana portuense - o capitão Leitão, o tenente Coelho, o alferes Malheiro. Mas são sempre os mesmos três, nenhum deles de alta patente. Dos sargentos e das praças pouco se conta.
Nessa classe militar, o descontentamento vinha de longe. Através do jornal "O Sargento", já em 1889 eram publicadas notícias das queixas destes militares, relacionadas, no essencial, com remunerações e com promoções. Mas, no dia 17 de Janeiro de 1891, a gota de água que agitou a já transbordante taça foi a promoção a alferes, pelo Exército, de três aspirantes, quando a lei obrigava a que esses postos fossem destinados a dois aspirantes e um primeiro-sargento. O Governo era liderado, ao tempo, por João Crisóstomo, que foi alvo de duras críticas no referido órgão da classe. "Quando o sr. João Chrysostomo subiu ao poder, nós sabíamos já perfeitamente com o que havíamos de contar. Mas ainda havia no exército quem confiasse n'aquelle senhor", lia-se no artigo, que, mais adiante, assumia um bem maior peso político: "Os campos estão hoje bem delimitados: de um lado a situação que o governo representa, do outro lado o exercito e a nação: de um lado uma soberania falsa com uma força só apparente, do outro lado a soberania nacional com a verdadeira força; de um lado o passado que se fortifica para resistir, do outro lado o futuro que concentra e mobilisa as forças para destruir".
Por essa mesma altura, como relatam João Chagas e o tenente Coelho, em "História da Revolta do Porto" (1901), os sargentos da Invicta emitiam um comunicado muito esclarecedor, igualmente publicado em "O Sargento". "Basta de escarneo, impudentes estadistas. Não brinqueis com o fogo que elle pode incinerar-vos!", escreviam, insistindo no tom ameaçador: "Tomemos as armas nas mãos: e com fé e enthusiasmo saudemos o futuro, que elle minorará a nossa sorte ingrata".
Do papel que os conspiradores civis tiveram, chamando os sargentos para a causa republicana, já por aqui temos falado. A gente de "A Republica Portugueza", com João Chagas à cabeça. Bem como da acção decisiva de Santos Cardoso, o malquisto redactor e proprietário de "A Justiça Portugueza", que promoveu reuniões na sua própria casa, e noutros locais, que ajudaram a impulsionar a revolta.
Naturalmente, a ideia de que a revolta foi uma "sargentada" não faz grande sentido, devido ao forte cunho político imprimido à revolta pelos responsáveis civis. Mas é entendido como certo que foi a adesão dos sargentos, espontânea, convicta e sentida pelos próprios como urgente, que precipitou os acontecimentos de que aqui nos ocupamos.
Estar aqui a enumerar nomes de sargentos – seria fácil, lendo-os nas listas dos conselhos de guerra - de nada serve. Contrariamente aos três oficiais envolvidos na revolta, movidos pela convicção de que a mudança de regime era premente, os sargentos actuaram como um corpo. Muitos teriam ideias republicanas, todos viviam um profundo descontentamento de classe (…). 

domingo, 29 de janeiro de 2012

The Gift encantaram o público fafense

Como há muito se anunciava, o Teatro-Cinema de Fafe esgotou para ouvir os The Gift, a banda portuguesa de Alcobaça que está na música há 17 anos.
A banda deslocou-se a Fafe porque queria gravar um registo em DVD e também para a SIC Notícias e o melhor e mais belo que encontrou no país para o efeito foi a nossa mítica sala de espectáculos, que começa a entrar no roteiro das grandes salas do país, onde os grupos de referência querem vir gravar (vide, UHF, em Novembro passado). Foi o Nuno Gonçalves, a grande alma criativa do grupo, que o relembrou na noite de sexta-feira: vinha de Madrid, num avião da TAP e viu uma reportagem na revista UP com Tereza Salgueiro no Teatro-Cinema de Fafe e deu-se o clique. A gravação teria de ser em Fafe. E foi!...
O espectáculo integrou a digressão de dois meses em Portugal e Espanha chamada “Primavera/Explode – Mil cores possíveis”. Baseado em temas novos gravados no Centro Cultural de Belém e os mais recentes do último disco Explode, esta digressão apresenta os The Gift nas principais salas nacionais e espanholas, enquanto não nasce o bebé de Sónia Tavares e Fernando Ribeiro (vocalista dos Moonspell, também presente no espectáculo em Fafe).
O espectáculo foi dividido em duas partes. A primeira, inspirada no CD Primavera, o último álbum da banda, mais calmo, intimista, mais suave e até melancólico, mais próximo do público.
A segunda parte revisitou o último grande disco dos The Gift, Explode. Explosão de cores, dança, festa, intensidade. Os espectadores foram convidados a dançar e não se fizeram rogados. Uma grande alegria emergiu no Teatro-Cinema de Fafe, nesta parte do espectáculo, em que todo o auditório dançou, levantou os braços, cantou, num diálogo excelente entre o palco e a plateia.
Mais um belíssimo momento que se desenrolou no Teatro-Cinema de Fafe, que começa a ser valorizado pelos artistas e bandas nacionais, o que só nos pode orgulhar!
Aqui ficam algumas fotos do artista Manuel Meira Correia.













Sónia Tavares e Nuno Gonçalves, sempre simpáticos para a fotografia, sob o olhar atento do "pai da criança", Fernando Ribeiro (à esquerda)!

Orgãos sociais reeleitos nos Bombeiros Voluntários de Fafe



Renovada a confiança!

A lista A, encabeçada pelo Dr. Pedro Frazão e a qual me honro integrar, como vice-presidente, triunfou claramente nas eleições para os orgãos sociais da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Fafe, para o triénio 2012/2015.
Votaram a favor da nossa lista 519 associados, enquanto a lista concorrente, liderada pelo Dr. José Augusto Sousa, averbou 350 votos, num total de pouco mais de 870 votantes, número menor em três centenas que o registado nas eleições de há três anos.
Os associados reconheceram a obra feita e a consistência dos projectos anunciados para o próximo triénio.
A Direcção mantém-se quase na íntegra, tendo apenas como elemento novo o sócio Avelino Novais Freitas.
A Assembleia-Geral continua presidida pelo Eng. Miguel Summavielle, enquanto o Conselho Fiscal tem como novo presidente Luís Manuel Martins Costa.
Conhecidos os resultados, a lista vencedora fez naturalmente a festa, com champanhe e bolo, dando nota da alegria reinante.
O reeleito presidente da Direcção, na presença de dezenas de associados, membros dos orgãos sociais e bombeiros, proferiu algumas palavras, agradecendo a participação dos associados no acto eleitoral e o apoio de todos os componentes da lista A para a vitória final, terminando a subinhar as linhas mestras da acção futura, que passa pela execução das obras de requalificação do quartel, que já arrancaram, a aquisição de um veículo florestal de combate a incêndios e a criação de uma escola de formação de bombeiros, entre outros projectos, cujo anúncio remeteu para mais tarde.
Fecha-se, assim, um processo que não foi de todo pacífico e integrou episódios escusados, que em nada contribuem para o prestígio que todos queremos elevar na nossa humanitária associação.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Eliminar feriados: uma ofensa à memória e à História de Portugal

Tal como já vinha anunciando, o Governo aprovou ontem, em conselho de ministros, a eliminação de quatro feriados – dois civis e dois religiosos. Como quem deita os dados, sem qualquer critério e na mais pura ignorância, o que parece constituir a matriz de quem nos governa nestes dias de cinza, são eliminados o dia da Restauração da Independência (1 de Dezembro) e o dia da proclamação da República (5 de Outubro), além de duas datas religiosas que, curiosamente, ainda não se sabe quais são, nem quando serão oficializadas.
O país abre a boca de espanto quando o caricato Álvaro Santos Pereira, dito ministro da Economia, que ficou com a pasta da negociação dos feriados, admite que o corte das duas celebrações civis aconteceu porque "o governo aceitou a condição que a Igreja disse".
Porque, alegadamente, a Igreja Católica impôs que o corte do alegado excesso de feriados em Portugal fosse dividido a meias – duas datas religiosas, duas civis – e o Governo, submissa e cristãmente, dobrando a cerviz perante a hierarquia católica como faz perante a ditadura alemã, concordou.
Mas afinal quem manda no Estado laico que presumivelmente é o que vigora neste país: o governo ou a Opus Dei?
Os portugueses que votaram no PSD, votaram também na igreja para mandar no país? E quem perguntou aos portugueses em geral os feriados que queria suprimir?
É ridículo pensar que a economia do país vai crescer substancialmente quando se suprimem quatro feriados (parece que o problema não são os feriados, mas as pontes…). Não é por aí que se vão resolver os grandes problemas do país, como diz quem sabe.
O que aconteceu é que o governo fez mais uma vontade aos patrões, inventando mais um instrumento para aumentar o trabalho gratuito e reforçar o horário de trabalho, para além do que há pouco tinha promovido no conciliábulo da chamada “concertação social”, altura em que os outorgantes se comprometeram a eliminar "três a quatro feriados". O Governo optou, como sempre tem feito em prejuízo dos trabalhadores e em benefício do empresariado, para satisfazer interesses estranhos aos portugueses, por maximizar os sacrifícios.
Em vez de obrigar o patronato a melhorar a organização das empresas e a elevar a qualificação da maioria dos empresários; em vez de diminuir drasticamente os custos com a energia, os transportes e sobretudo com a fiscalidade, que é o que deveria fazer, como reclamam os empresários, o governo diverte-se a acabar com feriados, que não passam de um amendoim no contexto do repasto dos governantes e dos patrões.
O inenarrável Álvaro, mais grotesco do que parecia, diverte-se a proclamar que o 10 de Junho (Dia de Portugal) não foi escolhido porque, "nestas alturas de crise", é preciso haver um maior sentimento patriótico. Mas qual “sentimento patriótico”, quando Portugal está vendido à tróica e tem o seu futuro hipotecado à Europa pelo “bloco central de interesses”?… Brincamos, certamente!
Outra manifestação do humor negro do “estrangeirado” ministro da Economia é a sua explicação de que, sempre que os feriados civis de 5 de Outubro ou de 1 de Dezembro, agora abolidos, calharem a um dia útil, serão celebradas no domingo imediatamente a seguir.
Mas em que país pensa que está o Álvaro? Comemorar o feriado civil a um domingo, por que carga de água? O homem deve estar louco!...

O que está em causa é que, num país cujo regime reinante é exactamente a República instaurada em 5 de Outubro de 1910, e que ainda há menos de dois anos foi palco de grandes comemorações nacionais, esta decisão lamentável é no mínimo uma ofensa à memória dos combatentes da Rotunda que contribuíram para mudar Portugal e instaurar a modernidade deste país.
Haveria sempre alternativas para minimizar a “loucura economicista” que invadiu este país nos últimos tempos., que passariam até pela supressão do Carnaval. Mas esta certamente não interessa, porque é a identidade deste país desde há meia dúzia de meses!...
A eliminação dos feriados contribui para a perda da memória dos portugueses, fazendo esquecer marcos e datas fundamentais da sua História, mais recente ou mais remota. São símbolos evocativos da história e da cultura de um país; perdê-los contribui para o empobrecimento e o esquecimento dos cidadãos, o que é sempre lamentável.
Um povo que perde a sua memória, como estes governantes pretendem, é um povo sem leme, sem rumo, desnorteado. Um povo sem chão, despojado de identidade e de cidadania.
Como refere, e bem, o monárquico José Adelino Maltez, os feriados “são símbolos culturais, políticos, históricos, religiosos. São a maior riqueza de Portugal”.
Suprimi-los é um crime, sem dúvida!
Aliás, é um bispo emérito, D. Januário Torgal Ferreira, que há cerca de dois meses atrás, referia, certeiramente: “fica-se alarmado com a pequenez destas medidas. Não é com quatro ou cinco dias que vamos salvar o país. É um gesto perfeitamente mercantilista”.
Um recado para o governo, para a tróica, para os “mercados”, que são quem de facto manda nesta “choldra de país”.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Como se inventa uma mentira!...

Imaginemos que houve a semana passada um debate entre os candidatos às próximas eleições nos Bombeiros Voluntários de Fafe.
Imaginemos que o autor deste blogue (que integra orgulhosamente a Lista A) fez uma apreciação pessoal, livre e legítima ao que lá se passou e publicou o texto. No blogue que é seu, como se fosse o seu diário público. De mais ninguém!
Imaginemos que alguém que não esteve no debate e que não consta de nenhuma das listas se sente incomodado com o que se escreveu.
Vai daí diz que enviou uma mensagem electrónica para o autor do blogue. O que o autor do blogue liminarmente rejeita. Não chegou ao seu endereço electrónico nenhum comentário.
Vai daí diz que este não foi validado.
Vai daí, salta para o Facebook, aquela coisa que até o nosso pobre Presidente usa frequentemente (nanja eu!...) e desanca no autor do blogue, acusando-o de alegadamente “conviver mal com a democracia” (olha quem fala!...), de ter censurado um comentário que nunca enviou, blá, blá, blá.
Uma verdade, ao menos diz: que o autor do blogue tem como intuito ajudar a lista candidata aos Bombeiros da qual faz parte.
Ora, abóbora, ia ajudar a lista opositora?!... Só se asneasse!
Este blogue não é a Santa Casa da Misericórdia.
Relembro que é do seu autor e expressa as suas ideias e posições.
É claro que publicaria o comentário se o entendesse e se ele tivesse chegado ao seu endereço electrónico. Não chegou.
Alma caridosa fez chegar ao autor do blogue alguns comentários ao que não aconteceu: uns judiciosos e compreensivos (“poderá a mensagem não ter chegado…”), outros disparatados (“Inacreditável tal situação!”, “determinado tipo de censura”…).
Ou de como, estultamente, se inventou uma mentira no Facebook, se comentou, se difundiu, se repercutiu, como se de verdade se tratasse.
Uma autêntica patranha do 1º de Abril!
E assim andam as redes sociais!...
 
PS – É claro que, nesta altura do campeonato, o autor do blogue não publicará o que quer que seja sobre o assunto, com o qual não concorde! Muito menos se for enviado sob a capa do anonimato.
Está no seu direito, obviamente!

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

30º dia!...

Mãe: faz hoje um mês, tanto tempo, tantos dias, que adormeceste para a eternidade.
Não imaginas o quanto tenho sofrido, como se a minha identidade tivesse deflagrado sem remédio. Não há uma única hora, um único dia sem que a tua imagem (dentro de mim, que vim de ti) se me imponha, maternal, amiga, plena da bonomia e do afecto que te eram característicos. Como é possível que não consiga fazer o luto, mãe, continuando incrédulo e a não conseguir aceitar que a gadanha da morte te tenha retirado ao nosso convívio, quando tanta ternura tinhas ainda para nos dar?
A tua partida, minha heroína, a quem me penaliza não ter dado toda a atenção que merecias, porque o tempo alegadamente nunca é demais, brutalmente extemporânea, selvaticamente prematura, deixou-me cicatrizes profundas no coração, como jamais supus fosse possível. Certamente estou a ficar velho, mais que tu, sem conseguir admitir o que muitos chamam “a lei natural da vida”… Não, tudo isto não passa de um absurdo, de algo sem sentido! Embora mascare uma postura “normal”, para o quotidiano, podes crer que, por dentro, choro como um menino, sem conseguir superar a tua perda.
Nunca pensei que uma mãe doesse tanto a morrer dentro de nós!
Depois da abalada do pai, há pouco mais de dois anos, a mãe era o último arrimo da minha identidade. Sem que a culpa fosse tua, arrasaste o que restava da felicidade do passado, dos momentos felizes que constroem, ano após ano, o melhor de nós.
Muitas vezes, nem o reconhecemos; outras, nem tempo temos, porque sabemos que as mães estão lá, quando necessitamos de uma palavra, um conselho, um carinho, um afago.
No meu telemóvel ainda tenho o teu número gravado. Ligo, na esperança frustrada de que ainda estejas do outro lado, mas já ninguém atende, mãe. Para que serve um número assim? Para que serve o número do telefone fixo, que ainda está registado no meu aparelho, se sei que já não estás lá para me chamar “filho”, “meu amor, está tudo bem contigo”?
Mãe, não consigo admitir que já não estás aqui. Sou sincero, como um Deus: a morte é estúpida, sei que inevitável, mas sem qualquer sentido, sem justificação. Porquê todo este sofrimento, quando a vida é bela, o sol clareia a penumbra, as sementes aguardam o momento de ir para a terra e os rios correm, alegres, em direcção ao mar?!...
É claro que temos a família unida a amparar-nos: a esposa querida, os filhos amados, as irmãs estremecidas. Temos os amigos a ceder-nos a solidariedade amiga. Tantos e bons amigos, que seria injusto escolher algum em particular. Mas não poderia deixar de evocar as palavras amigas do Padre Valdemar Gonçalves, por exemplo, a enviar-me um belíssimo poema seu, dedicado à mãe e a citar um extraordinário verso de Miguel Torga:

Que estranha coisa na vida aconteceu
Que ficaste insensível e gelada…

Mas também as dos amicíssimos Dr. Ribeiro Cardoso, no Povo de Fafe, Dr. Barroso da Fonte, por correio electrónico, António de Almeida Mattos, por carta e Maria de Lourdes Magalhães (Dutinha), a lembrar-me, sensibilizadamente, as palavras que lhe enderecei, há três anos e meio, por altura da partida para as estrelas da sua irmã e que me devolve, para conseguir superar este momento intransponível:

Há a dor, a dor imensa da perda, o vazio a crescer dentro de nós, uma angústia infinda a avassalar o coração, como se nada fizesse sentido.
Depois, obviamente, há o olhar em frente, o futuro a chamar-nos à realidade, sem nunca perdermos por um momento que seja os que amamos no infinito da memória e da alma mais querida!

Já não me lembrava de ter escrito estas palavras de cristal. Premonitórias, dolorosas, agora para mim próprio. Também esperançosas, quando as lágrimas, nem que secas, deixarem de regar os meus olhos, não sei quando.
Mãe, amar-te-ei até ao infinito da eternidade, podes crer!
Tal como ao pai, com quem te (re)encontraste há um mês, depois de mais de meio século de vida em comum e de dois anos de separação (2009-2011), que nunca conseguiste superar.
E quão custoso é ultrapassar a dor da ausência, meu Deus, em que gostaria de acreditar!...
E ainda só passaram 30 dias!...

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Guimarães Capital Europeia da Cultura: fotos de Manuel Meira Correia


O fotógrafo Manuel Meira Correia, colaborador deste blogue, andou este sábado pelo espaçoso largo do Toural, em Guimarães, quando se preparava o fantástico espectáculo dos catalães Furia dels Baus que todos vimos na noite desse mesmo dia, assinalando a abertura da Capital Europeia da Cultura, que orgulha não apenas os vimaranenses mas toda a região.
Andou também pelo típico largo de Oliveira, a captar as gentes e os ambientes, sentados nas cómodas esplanadas dos bares da praça.
Aqui ficam as belíssimas imagens, uma outra maneira (singular) de ver o que todos vimos na televisão e nos jornais!









domingo, 22 de janeiro de 2012

Eleições para os Bombeiros em debate: muita uva para pouca parra!

Aproximam-se as eleições para os corpos gerentes da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Fafe, as quais decorrem no próximo sábado, 28 de Janeiro, entre as 16h00 e as 22h00.
Na noite de sexta-feira, o jornal local Povo de Fafe, com grande oportunidade, promoveu no Estúdio Fénix um debate entre os cabeças das duas listas concorrentes ao sufrágio, o qual foi moderado pelos amigos director Ribeiro Cardoso e subdirector Aureliano Barata.
Estiveram presentes os membros de ambas as listas e algumas dezenas de outras pessoas, bombeiros incluídos.
Embora necessariamente parcial na minha análise, porque integrante da lista A, não posso deixar de considerar que o debate só teve um sentido. O campo estava inclinado… O Dr. Pedro Frazão, líder da lista A, “cilindrou” o seu oponente, por acaso meu amigo e conterrâneo (de Serafão), Dr. José Augusto Sousa, uma excelente pessoa, sem dúvida, que muito estimo. Mas não esteve talhada para este combate…
O que refiro a seguir não tem nada de pessoal, longe disso, apenas tem a ver com esta situação muito concreta do debate.
O resultado final, em termos futebolísticos, poderia ser um 9-1, ou, quando muito e com a máxima boa vontade, um 8-2.
Foi o confronto entre:
1) quem conhece por dentro a instituição (Pedro Frazão) e quem não faz a mínima ideia do que lá se passa, e apenas propõe generalidades;
2) quem tem obra feita (início das obras de requalificação do quartel, enriquecimento da corporação com mais 6 viaturas, dotação de grande quantidade de equipamentos individuais de protecção, formação do comando, intensificação da formação, equilíbrio económico-financeiro, entre muitas outras acções) e quem não consegue nem apontar erros de gestão, apenas se entretendo com questões laterais como o número de associados ou a forma de o aumentar (tema importante, mas não relevante para o caso);
3) quem está inteirado de todas as situações e tem conhecimento de causa, por dever de ofício e após três anos de mandato (Pedro Frazão), e quem se limita a ler retóricas generalistas sobre a vida da instituição, contidas num manifesto sem substância;
4) quem sabe perfeitamente quais as competências do comando e da direcção (Pedro Frazão) e quem se admira de o manifesto da lista A  consignar a ideia de “ouvir e dialogar com os elementos do corpo activo, nas decisões estruturantes que lhes digam respeito”, como se a direcção não se pudesse aproximar dos bombeiros, quais maltrapilhos atacados pela lepra;
5) quem propõe medidas concretas, realistas e positivas (Pedro Frazão) e quem não passa das boas intenções, das “filosofias” do senso comum, enfim, da cobertura certamente bem-intencionada a alguns elementos do corpo activo que estão alegadamente descontentes com o comando (não com a direcção, que é quem vai a eleições), por razões q    ue todos os outros bombeiros conhecem  (menos os membros da Lista B).

Deixem-me ainda defender mais duas ou três asserções.

A primeira é a de que, historicamente, não é normal, nem é tradição, nunca aconteceu, nem no tempo do “saudoso Prof. Humberto Gonçalves”, aparecer uma lista alternativa à direcção, quando esta está a trabalhar bem (como é manifestamente o caso) e logo ao fim do seu primeiro mandato. Nunca aconteceu, pelo menos nas últimas décadas…
É estranho que tal esteja a acontecer em 2012. Ou talvez não, como se verá a seguir…
A segunda é a de que estamos perante uma jogada manifestamente política. José Augusto Sousa fez questão de afirmar que não se demitiria dos seus cargos políticos se fosse eleito, ao contrário do que fez Pedro Frazão (e muito bem) há três anos, em circunstâncias análogas. Dá para ver a diferença, entre quem quer servir apenas os bombeiros… e os outros!
Em consequência, a terceira é a de que este é apenas um “round” de um combate que tem a ver com as próximas eleições autárquicas, e com os equilíbrios internos no seio do PSD!...
O que é lamentável é que o PSD (e os seus companheiros de estrada…) se atrevam a utilizar os bombeiros para os seus jogos políticos.
A lista A tem como uma das suas propostas, muito claras e concretas:
- “Recusa da partidarização e politização dos Bombeiros Voluntários de Fafe, já que entendemos que devem existir condições para a maior tranquilidade, isenção e paz social no âmbito da corporação”.
Julgo que isso diz tudo!
Os associados (nós também o somos) que ajuízem e decidam, em ciência, em consciência e em sabedoria, no próximo sábado!
Eles são soberanos, obviamente! E as suas decisões serão a lei!

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Retrocesso civilizacional, ou os trabalhadores que paguem a crise!...

Esta semana, os direitos fundamentais dos trabalhadores portugueses foram "historicamente" espezinhados, até ao grau pouco-mais-que-zero, pela chamada “Concertação Social”, que mais não é que a panelinha cúmplice do governo e do patronato, com a conivência de um João Proença travestido de “patriota”, para a tróica apreciar, o que até é uma pena, porque gosto do homem.
Quem se ficou a rir de todo este espectáculo deplorável, a pretexto da crise, foram o castiço ministro Álvaro Santos Pereira e os líderes das confederações patronais, que esfregam as mãos de contentes, porque nunca, como em 2012, conseguiram ter o destino dos trabalhadores nas suas mãos, para fazerem e desfazerem contratos e despedimentos.
Porque o dito e “festejado” acordo que o governo e os parceiros sociais lograram, na verdade, muda o paradigma do mercado de trabalho e mais não representa do que um “retrocesso civilizacional”, de que fala a CGTP, que se afastou das negociações, por considerar que os direitos dos trabalhadores estão a ser vilipendiados. E estão.
O dito “acordo tripartido da concertação social” apenas e só penaliza os trabalhadores. Mais nada. Não há uma medida que o governo exija ao patronato. Nem medidas que o próprio governo concretize para apoiar a economia. Não há um esforço do patronato que faça sentido como contrapartida à quase servidão que estão a impor ao factor trabalho. O esforço para pagar a crise que não provocaram acaba apenas imposto aos trabalhadores por conta de outrem.
Na sequência do “histórico entendimento”, e não tendo o governo conseguido impor o aumento da taxa social única (TSU) ou fazer vigorar o aumento diário de meia hora, o que vem aí são os despedimentos mais facilitados e pelos motivos mais caricatos e subjectivos, que vão da menor produtividade às avarias das máquinas afectas aos operários, os horários de trabalho flexibilizados, as horas extraordinárias mais baratas, os cortes nas indemnizações em caso de despedimento, a diminuição das férias, que passam para 22 dias.
Do lado dos trabalhadores, tudo se reduz: subsídios, férias, feriados e indemnizações. Tudo penaliza: as faltas injustificadas coladas a feriados dão direito a corte de quatro dias no salário. Inimaginável! O que aumenta é a precariedade, a incerteza, a desmotivação e a insegurança.
O patronato ganhou mais: a possibilidade de impor trabalho ao sábado e apenas pagar mais 25%. E a de por e dispor do trabalhador no tal “banco de horas” que pode ir às 150 horas. O trabalhador, no limite, nunca sabe se pode programar a sua vida aos sábados ou aos feriados. O único dia sagrado é o domingo, como há um século atrás! Ao que chegou o Portugal Democrático, meu Deus! Quer dizer, até onde retrocedeu!
Aos patrões obviamente agradam todas as medidas que levem ao aumento dos lucros das suas empresas, embora ainda almejassem mais, porventura ter os trabalhadores ao seu serviço a pão e água ou com as “humanitárias” condições em que se trabalha nos países asiáticos. Porque o seu único propósito, como sempre foi, é a obtenção do lucro, e do máximo lucro, porque ninguém investe para perder dinheiro ou para ajudar os trabalhadores. Por isso, os patrões aplaudem com ambas as mãos as medidas que penalizam o factor trabalho e deixam de fora o factor capital, dando perfeita sintonia ao espírito liberal-capitalista que enforma a ideologia actualmente dominante.
As conquistas sociais e laborais, que prestigiaram o país desde o 25 de Abril, sofreram esta semana a sua mais rude machadada dos últimos 35 anos.
E o que revolta qualquer cidadão atento é verificar que os sacrifícios maiores são impostos aos trabalhadores, sempre o elo mais fraco e não aos patrões, nem ao governo, cujo “espírito de classe” fica clarificado, de uma vez por todas.
Bem pode o ministro Álvaro afirmar que «Portugal mostra ao mundo, aos mercados que mais uma vez sabemos ultrapassar as nossas diferenças e unirmo-nos nos momentos de dificuldade», ou que os seus comparsas falem num disparate chamado “maioria social”, porque o que está em causa é a deplorável desqualificação e exploração quase medieval dos trabalhadores e a imposição de “trabalho forçado”, como alguns acusam, com razão.
Chamam ao polémico documento, “Compromisso para a Competitividade e Emprego”, mas mais valia apelidá-lo de “Compromisso para o Empobrecimento e o Desemprego”.
Até porque o factor “trabalho”, que o documento caustica até à paranóia, não é o mais importante no contexto da economia, segundo especialistas. Fundamentais, são a carga fiscal, o preço da electricidade e os custos dos transportes, factores que o Governo não quer aliviar, porque não convém perder as receitas dos impostos.
Por estas e por outras, apetece referir que este governo (e tudo o que gira em seu redor) é como todos os outros, Sócrates incluído: forte com os fracos (os trabalhadores) e fraco com os fortes (Jardins, financeiros, banqueiros, capitalistas…).
A tróica não impunha que o regabofe fosse tão longe!...

PS – Um governo que “assalta” os direitos fundamentais, as horas e os salários dos trabalhadores por conta de outrem, a pretexto do ajustamento orçamental, anda muito preocupado com os roubos nos multibancos, nas ourivesarias e nos mercados. Supino cinismo: para esta gente, o património vale mais que as pessoas!

(Escrita em Dia, Povo de Fafe, 20/01/2012)


quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Bombeiros de Fafe em eleições a 28 de Janeiro: recandidatamo-nos com trabalho feito!


Viver os Bombeiros – Renovar a Confiança!

Os actuais corpos gerentes da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Fafe, dos quais me honro de fazer parte (vice-presidente da Direcção), vão recandidatar-se às eleições para os órgãos sociais para o triénio 2012/2015, marcadas para 28 de janeiro, entre as 16h00 e as 22h00.
Realizámos esta terça-feira uma conferência de imprensa para dar a conhecer o nosso manifesto eleitoral, que vai ser divulgado nos próximos dias.
Sob o lemaViver os Bombeiros – Renovar a Confiança!”, a lista que integro apresenta os seguintes candidatos:

LISTA A
Assembleia-geral

Presidente – Miguel Cabral de Almeida Summavielle, sócio nº 3407
Vice-Presidente – Bernardo da Gama Lobo Xavier, sócio nº 3401
Secretário – Maria Helena Antunes Magalhães, sócia nº 3006

Direcção

Presidente – João Pedro Leite Castro Frazão, sócio nº 2454
Vice-Presidente – Artur Ferreira Coimbra, sócio nº 1310
Tesoureiro – José Joaquim Gonçalves Sousa, sócio nº 509
Secretário – Alberto Joaquim Costa Alves, sócio nº 152
Vogal – Rui Manuel Malheiro Oliveira, sócio nº 971
Vogal – Ângelo Paulo Silva Faria Matos, sócio nº 2443
Vogal – Avelino Novais Freitas, sócio nº 808
Suplente – Luís André Soares Guimarães Alves
Suplente – Vanessa Cláudia Nogueira da Rosa Barata, sócia nº 3645
Suplente – Ana Maria Correia Oliveira Aguiar, sócia nº 3052

Conselho Fiscal

Presidente – Luís Manuel Martins Costa, sócio nº 1464
Vice-Presidente – António Jorge Nogueira Barroso, sócio nº 2219
Secretário-Relator – Luís Filipe Azevedo Pinho Sousa, sócio nº 835
Suplente – Leonel Leite Sousa de Castro, sócio nº 3410
Suplente – Duarte Pascal Freitas Novais, sócio nº 3597

Mandatário

José Manuel Gonçalves Domingues, sócio nº 1326

Como aconteceu há três anos, estão em confronto duas listas, com projectos distintos relativamente aos Bombeiros.
A LISTA A, que corporizamos, é constituída pelos órgãos sociais dos últimos três anos. É, por isso, uma lista de continuidade, ligeiramente renovada, mas que continua a integrar associados com provas dadas nos diferentes sectores da vida económica, social, cultural e associativa do município, e com OBRA FEITA no seio da Associação Humanitária dos BV Fafe, ao longo deste mandato.

Aqui ficam, em breve balanço, algumas linhas-mestras do que fizemos nestes três anos:

- Aprovação do projecto de requalificação e melhoria das condições do quartel (mais de € 600 000), o qual não sofria obras de vulto há décadas. As obras já arrancaram há dias, com as primeiras demolições.
- Enriquecimento do parque automóvel da corporação, com 6 novas viaturas.
- Acréscimo e reforço do equipamento individual dos bombeiros (fardamento, capacetes para fogos florestais e fogos urbanos, entre muitos outros). Continuam a chegar capacetes de protecção que, até Abril, vão contemplar mais de 90 bombeiros.
- Constituição e consolidação da estrutura do Comando (designação do Comandante, Segundo Comandante e três Adjuntos), repondo a normalidade que não havia há três anos.
- Reforço substancial e qualificação da formação dos bombeiros, necessidade há muito sentida. A formação nesta altura, em nada se compara com a que se verificava há 3 anos. O corpo ativo está bem mais qualificado.
- Pela primeira vez na vida da Associação, foi constituída uma equipa de resgate em altura, para eventuais acidentes no parque eólico, entre outros locais.
- Estabilização e consolidação financeira da Associação, em resultado da gestão rigorosa e criteriosa da Direcção ao longo deste mandato. Os pagamentos estão em dia e a situação financeira da associação é desafogada, o que não é comum nas associações congéneres.
- Foram actualizados os estatutos da Associação.
- Foi criada a página da Associação na Internet (http://www.bvfafe.pt/), com milhares de visitas.
- Aumento do número de associados.
- Representação da instituição nos órgãos sociais da Federação de Bombeiros do distrito de Braga, o que há muito não acontecia (um por parte da direção, outro do comando).  

Para os próximos três anos, os órgãos actuais propõem-se continuar a sua acção de valorização, enriquecimento e melhoria da Associação Humanitária, designadamente:

- Concretização das obras de requalificação e melhoria das condições do quartel, que decorrerão ao longo do presente ano.
- Aquisição, após candidatura já aprovada, de um veículo florestal de combate a incêndios (há mais de duas décadas que a corporação não recebia viatura do género).
- Criação de uma escola de formação de bombeiros, em parceria com a Câmara Municipal de Fafe.
- Continuação de um trabalho sério, empenhado e permanente ao serviço dos Bombeiros Voluntários, no sentido de engrandecer a Associação.
- Manutenção do excelente relacionamento com as instituições e autarquias locais, em especial com a Câmara Municipal de Fafe, que muito tem apoiado a corporação.
- Recusa da partidarização e politização dos Bombeiros Voluntários de Fafe, já que entendemos que devem existir condições para a maior tranquilidade, isenção e paz social no âmbito da corporação.
- Criação de condições para que o corpo activo exerça cabalmente as suas funções, a nível técnico e humano, apostando na melhoria das condições operacionais.
- Prosseguir a politica de apetrechamento do parque de viaturas, ao nível médico e de combate aos incêndios, tentando optimizar os apoios do Estado, das autarquias e dos particulares, o que se tem feito até agora.
- Continuação da angariação de novos associados entre a população do município, no sentido de que em todos os fafenses deve haver um associado.
- Manutenção do sector cultural, desportivo e recreativo dos bombeiros, criando condições para a sua consolidação e desenvolvimento.
- Respeitar, ouvir e dialogar com os elementos do corpo activo, nas decisões estruturantes que lhes digam respeito.
- Continuação da política de aproximação dos bombeiros à comunidade, chamando, de igual forma, a comunidade aos bombeiros, com acções de aproximação a partir das escolas e jardins-de-infância.

São apenas algumas das propostas e iniciativas que têm como propósito tornar a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Fafe cada vez maior, melhor apetrechada e melhor formada, para responder com profissionalismo às solicitações dos fafenses, em cada dia que passa.