Hoje foi dia do Zeca Afonso! Dia de Portugal!
As rádios, as televisões, os jornais, falaram do regresso ao presente do fantástico cantautor que enobrece e estrutura a cultura portuguesa contemporânea.
E do qual temos imensas saudades (e não são de crocodilo...), 25 anos passados sobre a sua morte física (23 de Fevereiro de 1987).
Zeca Afonso foi ele próprio e o seu país, o seu povo, inteiro e luminoso.
Foi o passado, o seu presente e o nosso futuro!
Que imenso português de todos os tempos!...
Os vampiros que apontou, clamorosamente, em versos mordazes e cantar sibilino, estão por aí, cada vez mais gordos, poderosos e troiquistas!
A exploração do povo mantém-se, os meninos dos bairros negros da fome recrudescem, cada vez mais revigorados. A corrupção, a mentira, a hipocrisia, a opressão, as injustiças, as desigualdades não apenas vigoram tenazmente, como se avolumam a cada dia que passa.
Por isso, a voz denunciadora e livre de Zeca Afonso continua plenamente actual, como se fora de hoje e para os dias vindouros.
Só morre quem não anuncia o futuro!
A lição do Zeca consubstancia-se nos hinos da liberdade, da insubmissão, do inconformismo. Belíssima lição para a sociedade dos dias de hoje, apática, acomodada, conformista, submissa. Dominada pelo medo, pela fantasia, pela mediocridade, pela inacção.
Pela ausência de grandeza, de maioridade cívica!
Por isso, ouvir Zeca Afonso, passados todos estes anos, dá-nos a medida da sua verticalidade em favor de um Portugal mais livre, mais justo, mais solidário, maior!
Que saudades desse Portugal a haver!...
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