A célebre
pitonisa e consciência moral do regime passista, João César das Neves, escreveu
ontem no Diário de Notícias:
“Somos a
geração que está a destruir Portugal. Daqui a décadas, aqueles que viverem nos
escombros do que foi Portugal olharão para trás e culpar-nos-ão da sua situação”.
É urgente
desmistificar esta deliberada ideia feita, absolutamente estúpida e
ideologicamente orientada, de que são os portugueses que estão a destruir
Portugal. Não são os cidadãos comuns, os homens e as mulheres que se levantam
de madrugada para irem trabalhar a quilómetros de distância das suas casas, os
reformados a quem cada vez sobra mais mês ao fim da pensão ou a classe média
que vive com imensas dificuldades, quem está a destruir o país. Não,
terminantemente não!
Quem está a
destruir Portugal é o sistema financeiro, nacional e internacional. São os
bancos, deste país e do mundo, para os quais os lucros gananciosos e usurários são
a única medida da sua actividade. Ninguém é capaz de limitar a cupidez e a avidez
desta gente sem escrúpulos!
Quem está a
destruir Portugal são os políticos que nos últimos trinta anos, desde a entrada
na União Europeia até à actualidade, têm esbanjado recursos financeiros com
absoluta e irritante impunidade.
Não foram os
portugueses comuns quem decidiu construir inúteis auto-estradas que poucos
utilizam, contratar imensas parcerias público privadas, em que os riscos são
afectos ao Estado e os benefícios todos para os privados, ou privatizar uma
fraude financeira de dimensões colossais como é o BPN, criação dos amigos e correligionários
de Cavaco Silva.
Só na cabeça
mirabolante do sacristão João César das Neves os portugueses são os culpados.
Não são.
Não somos
nós quem está a destruir Portugal. São os amigos e os correligionários de João
César das Neves.
Uma vez na
vida tenham a hombridade e a nobreza de o assumir!
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