De Portugal partiram as caravelas
Sulcando oceanos e marés
Vencendo medos e distâncias
Enfrentando procelas
De Portugal partiu Cabral
E a coragem indómita de Quinhentos
Entre azul de céu
E azul de mar
Se navegou e rezou e morreu
Para que o Mundo encontrasse
Em fogo e dor, esplendor e sofrimentos
O rosto universal que é hoje o seu
A Porto Seguro arribou enfim
Porto de abrigo, regaço amigo
A nau de Álvares Cabral
Ao paraíso terrestre
Praias de musas, corações abertos
Gente boa
Povo irmão, puro e gentil
E com ele e por ele Portugal
Deixou Lisboa
E se fez Brasil
NB: Há exactamente oito dias, comemorou-se o dia da luso-brasilidade, o 22 de Abril, data da chegada da destemida armada de Pedro Álvares Cabral às cercanias de Porto Seguro, no nordeste brasileiro, nos idos de 1500.
Fafe mantém, como é sabido, fortes ligações ao Brasil desde o século XIX e a Porto Seguro, em concreto, desde há mais de duas décadas, por virtude da construção da Casa da Cultura Portuguesa daquela cidade, obra do município de Fafe, através do comendador fafense António Fernandes de Barros.
Na Casa da Cultura de Fafe está patente uma exposição de obras do pintor Luís Gonzaga que evoca a ligação de Fafe ao Brasil, através da figuração em óleo dos mais famosos emigrantes fafenses que lá fizeram fortuna e deixaram imensos legados materiais pela cidade e diversas aguarelas (como a que ilustra este post) sobre temas “brasilianos”. Uma exposição a ver até 13 de Maio.
Resolvi homenagear a efeméride com este poema que fala da viagem e do encontro dos dois povos amigos e irmãos.
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