domingo, 31 de julho de 2011

16ª Bienal de Cerveira: eu fui!... E você?

Por estes dias acalorados, gozando algumas férias, munido do interessado filho pelas coisas da cultura, o que me deixa obviamente “babado”, rumei até ao Alto Minho, directo a essa maravilha repetida de dois em dois anos que é a Bienal de Vila Nova de Cerveira.
Cerveira é um local paradisíaco, de que juntarei imagens, em outro post. Adoro esta vila pequena mas aprazível e carregada de História.
A décima sexta edição da Bienal decorre de 16 de Julho a 17 de Setembro, em Cerveira, mas também no Porto (Palacete Viscondes de Balsemão) e em Vigo (Casa s Artes), o que diz bem dos propósitos de disseminação cultural e artística da iniciativa. Além da exposição de pintura, escultura, fotografia, artes performativas e vídeo, a Bienal integra um programa paralelo que inclui visitas guiadas, residências artísticas, workshops, conferências e debates e concertos musicais. O programa pode ser consultado em www.bienaldecerveira.pt.
Este aqui é o je, em pose artístico/estática, à porta do Fórum, no centro de Cerveira e palco principal da Bienal
No fundamental, e nas palavras da organização, o evento foi concebido para proporcionar aos visitantes a oportunidade de conhecer as novas tendências da arte contemporânea, dispersas (só em Cerveira) por cinco espaços: o Fórum Cultural, a Casa Vermelha, o Castelo, o Convento de San Payo (do artista José Rodrigues), a República das Artes e a Escola Superior Gallaecia.
Nestes espaços, a maioria de acesso gratuito, excepto o Fórum (5 euros de entrada, 50% para estudantes) estão representados jovens artistas de diferentes nacionalidades: portugueses, brasileiros, espanhóis, franceses, italianos e japoneses, entre outras.
Um mundo de imaginação, de criatividade, de inovação, de transgressão, fazendo apelo a diversíssimos materiais, universo corporizado em diferentes suportes artísticos, uns mais tradicionais, outros mais tecnológicos.
Esta como outras bienais, ou outros eventos artísticos, para lá de nos suscitarem o apelo à contemplação do belo, da harmonia, da perfeição, do jogo de cores e de formas que nos tranquilizam e enriquecem interiormente, também nos interrogam (e inquietam, e incomodam) sobre os limites da arte. O que é (ou o que não é) para nós a arte? E o que é para nós a arte também será para os outros?
O conceito de arte será universal? Ou será uma noção quando muito meramente subjectiva e abstracta, diferente de pessoa para pessoa?
Aqui ficam algumas imagens tiradas sobretudo no Fórum (sem flash, como pedem no local), deixando-se um apelo aos leitores para que, podendo e querendo, visitem esta grande manifestação de arte contemporânea que ainda vai estar patente durante mais um mês e meio.











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