quarta-feira, 16 de maio de 2012

Morreu o humorista J. Lopes de Almeida

O consagrado jornalista, autor, actor e encenador teatral José Lopes de Almeida, que várias revistas trouxe ao desaparecido Estúdio Fénix, em Fafe, por iniciativa da autarquia, foi a enterrar esta segunda-feira, no Porto. Tinha 81 anos e faleceu vítima de doença incurável, que o apoquentava nos últimos anos.
Ao longo dos últimos anos, escreveu e protagonizou peças de revista à portuguesa como “2000 Vai Ser Baril”, “Quem não berra não mama”, “2001 Odisseia do Carago!”, “Ó Zé aperta o cinto”, “Vira o disco e toca a mesma”, “Toma Zé que já almoçaste”, “Isto é que vai uma crise” e “É isto e pouca treta”.
Todas estas, ou a maioria destas, peças humorísticas de Lopes de Almeida vieram a Fafe e fizeram rir a bandeiras despregadas os fafenses que tiveram o privilégio de a elas assistir, e que se pegavam para arranjarem bilhete para assistirem à revista, numa altura em que todos os outros espectáculos eram à borla.
O Lopes de Almeida era um bom amigo. Durante muitos anos, telefonava-me para agendarmos espectáculos. Durante anos, fizemo-lo. Mais de uma década.
Lopes de Almeida foi um enorme nome do teatro português, conquanto muitos não o saibam. Foram seis décadas dedicadas ao teatro, à revista e a outras artes.
Fafe ficou ligado aos seus últimos anos de actividade (embora tenha aqui estado com a sua amiga Amália há mais de três décadas, nas Festas de Antime, no Jardim do Calvário) e aqui deixou muitos amigos e a força do seu talento e da sua capacidade de fazer rir.
Tive o privilégio de ser seu amigo. Ou de ele me considerar seu amigo. Nesta hora de pesar, curvo-me perante a sua memória. E desejo-lhe eterno descanso!

Sem comentários: