O fraquíssimo Passos Coelho era o tal que dizia, para apenas os néscios acreditarem, que as más notícias seriam dadas por ele.
Na hora do triunfo da mais pura ladroagem, que não tem outro nome o que se anunciou esta quarta-feira, o audaz e peitudo chefe do governo estava a fazer dieta e a redigir um novo Pontal, para aldrabar os incautos. 2013 vai ser um ano de viragem – dizia ainda há um mês e meio, com a mais estreme desvergonha. E vai, não haja dúvidas. Para uma vida mais negra e um país esmifrado.
Não apareceu, mais uma vez, dando o lugar a um ministro das Finanças que não passa de um incompetente, um falhado, um aprendiz de feiticeiro, que nem contas sabe fazer. Não acerta uma conta, uma previsão. É o que Almeida Santos chama com verdade “um falso génio”.
O que se passou na fatídica tarde desta quarta feira, uma autêntica tarde de carteiristas à solta, foi o cúmulo.
Um assalto fiscal. Um brutal aumento de impostos. O maior agravamento de tributos de que há memória. Uma selvajaria que deveria ser suficiente para dar um pontapé no traseiro a estes rapinadores, mandando-os ir saquear para outro lado. Isto se tivéssemos um Estado Democrático a funcionar e um Presidente da República com os ditos no sítio, que não temos, para mal dos que nele não votaram. O dito especialista em finanças, ainda ontem referia que a austeridade em cima da austeridade só dá recessão económica e degradação social.
Mas como é da manjedoura política, não é crível que se vá pronunciar contra os seus correligionários.
Os aumentos de impostos anunciados esta quarta-feira pelo ministro das finanças representam um agravamento de cerca de 35% no IRS em 2013.
Se juntarmos o efeito da redução dos escalões, de 8 para 5, que implica um agravamento da taxa média efectiva dos 9,8 para os 11,8%, com o efeito da sobretaxa de 4%, anunciada também para o ano que vem, a taxa média efectiva do imposto acaba por situar-se nos 13,2%.
Uma sobretaxa de 4% em todos os escalões do IRS, o aumento do IMI, o aumento do IRC, etc., etc. É o dilúvio fiscal, o saque escandaloso aos bolsos dos portugueses.
E quanto aos funcionários públicos, o ministro encarna o esplendor do chico-espertismo: afirma, como se fosse uma vitória, que devolve um subsídio, quando se sabe que vai ser absorvido pelo aumento do IRS. E se o incompetente fosse dar uma volta ao bilhar grande e deixasse de vagarosamente nos moer os miolos.
Que loucura de país é este?
E depois desta vergonha sem fim, ainda vem com cara de pau dizer que “espera que esta situação seja bem compreendida”. É preciso ter lata!... O condenado vai compreender o algoz que o leva ao cadafalso?!...
Como lata é preciso ter para afirmar que o processo de ajustamento está a correr muito bem, e por isso é necessário mais austeridade!...
E como se justifica um desvio orçamental de 1,6%, num governo tão competente, tão avisado, tão experiente e qualificado?!... Um governo que tem no inteligente Borges o seu porta-estandarte.
Mas os burros somos nós?!... Que loucura de país é este?
Afinal, assistimos à mesma receita de sempre, que é ir ao fundo dos bolsos dos mesmos, o que já comprovadamente se verificou que não deu resultados.
O desemprego ainda vai aumentar mais: o governo que há 15 dias estimava a taxa de desemprego em 16% já a eleva para 16,4%. Como pode ter credibilidade quem assim intruja?
Os portugueses estão entregues à bicharada, é o que é: não têm quem os defenda dos ataques de um governo sem crédito e de uma troika sem qualquer sensibilidade e sentido de humanidade, de quem aquele não passa de um curvado feitor.
Cavaco Silva, que supostamente seria o supremo magistrado da nação e o provedor dos interesses dos portugueses, é o defensor do governo e dos grandes interesses. Ou não é o defensor de coisa nenhuma, que é o mais certo. Um banana, é o que é!...
E, já agora, onde anda Paulo Portas, que alegadamente é vice-ministro desta miséria de governo e que ainda há dois meses afirmava que os portugueses estão no limite dos impostos, o que Adriano Moreira, esse, sim, um senhor, aos 90 anos, cataloga como”fadiga fiscal”? Já nem às feiras vai, deixou ao abandono os seus combatentes, não liga aos agricultores…
É uma abébia, sem dúvida, um cata-vento com quem não se pode contar!
NB – Cada vez me convenço mais que o péssimo ministro Gaspar não está minimamente ao serviço de Portugal e dos portugueses. É mau de mais para ser sustentável. Haverá forças mais altas, maçonarias mais elevadas – quer dizer, agiotas – para quem ele trabalha. O seu futuro próximo será o FMI e essa cambada de especuladores financeiros que está a desgraçar os países mais pobres, como Portugal. Por isso, ele tanto se empenha em agradar-lhes.
Esse homem está a espoliar todo um povo. Merece que o povo saia à rua, com força e consistência, para lhe dizer (e ao seu incompetente chefe) que vão gozar com as respectivas tias, se é que as têm.
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