quinta-feira, 24 de outubro de 2013

JOÃO GONÇALVES APRESENTOU O SEU LIVRO DE ESTREIA POÉTICA “MOMENTOS DO OLHAR”







 
 
Na noite de sexta-feira, 18 de Outubro, teve lugar na Sala Manoel de Oliveira, em Fafe, a apresentação da obra “Momentos do Olhar”, estreia poética de João Gonçalves.
Estiveram presentes dezenas de amigos e familiares do poeta, funcionário municipal e dirigente do Desportivo Ases de S. Jorge.
A sessão contou com a participação musical dos jovens Diana e Duarte Baptista e a leitura de poemas por Acácio Almeida.
Na mesa, além do autor, que fez os habituais agradecimentos e enquadrou o historial da obra, usaram da palavra o editor João Artur Pinto e o vereador da Cultura, Pompeu Martins.
O responsável da Labirinto realçou o facto de “Momentos do Olhar” ter a intervenção de quatro funcionários públicos (o poeta, o autor da capa, Manuel Meira, a autora do desenho da capa, Sandra Novais, e o prefaciador da obra, Artur Coimbra), o que não deixa de ser significativo, numa altura em que tanto se desvaloriza o seu trabalho, destacando ainda o facto de a obra ser apoiada pelo Centro de Cultura e Desporto dos Trabalhadores do Município, como exemplo de boas práticas de funcionários na área da criação cultural.
Já Pompeu Martins começou por ler uma mensagem do presidente da Câmara, José Ribeiro, ausente do concelho, que louvou a coragem de João Gonçalves em mostrar o seu trabalho literário e aproveitou para dar os parabéns ao autor, como “colega” das letras e como vereador do município. Recordou diversos episódios do percurso comum, em especial uma iniciativa em finais dos anos 90 que trouxe a Fafe o Prémio Nobel da Paz Ramos Horta.
A obra “Momentos do Olhar” foi apresentada e analisada circunstanciadamente pelo escritor e historiador Artur Coimbra que considerou uma “agradável surpresa estes Momentos do Olhar, um título sugestivo que remete desde logo para a pluralidade dos modos de recolher e investir em cada instante de que se cria o poema. Cada poema nasce do seu momento, reflecte inevitavelmente o olhar interior ou exterior do poeta, as suas emoções, os seus registos oníricos, as suas vivências”.
Artur Coimbra considerou que uma primeira obra, naturalmente, tem os seus pontos mais fortes e as suas fragilidades mas que, neste caso, os primeiros superam as segundas, e, quando assim é, “vale a pena seguir em frente e desfrutar de quanto de luminoso e inesperado se colhe nas páginas do livro”.
O autor do prefácio considera que a maior parte da obra é “um longo poema de amor, em diferentes momentos”, de que deu alguns exemplos. 
Uma obra onde o sonho também é político: de Timor “esquecido”, em determinada altura, à aspiração dos que lutaram pela liberdade, contra a ditadura.
 Uma obra onde o poeta escolhe o lado dos mais fracos, dos desfavorecidos, dos deserdados da vida, dos velhinhos, dos sem-abrigo.
Os poemas da obra são, em geral, sintéticos, enxutos, de uma linguagem que investe num arrojo literário já assinalável para quem começa. Em imagens e figuras de estilo de que deixou alguns exemplos,
Recomendando a leitura da obra, pela “sua inegável qualidade literária”, deixou  felicitações muito amigas ao João Gonçalves, desejando que “esta seja a primeira de outras obras, porque seguramente tem potencial para novas incursões na área da poesia, valorizando a cultura e os valores do nosso município!”.

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