Passou hoje, 7 de
Novembro, o centésimo aniversário do nascimento de um dos escritores mais
marcantes do século XX, que foi Prémio Nobel da Literatura.
Refiro-me a Albert Camus,
nascido na Argélia em 1913 e que morreu num acidente de viação em Janeiro de
1960, quando regressava a Paris com o seu editor.
Licenciado em Filosofia,
dedicou-se depois ao jornalismo e à escrita.
Com a invasão da França
pelos nazis, na Segunda Guerra Mundial, Camus
travou relações com o filósofo existencialista Jean Paul Sartre, e
engajou-se na Resistência francesa, escrevendo e depois tornando-se editor do
jornal clandestino "Combat". Trabalhou depois no semanário L'Express.
O seu nome subira já nessa altura ao primeiro plano das letras francesas e mundiais.
O seu nome subira já nessa altura ao primeiro plano das letras francesas e mundiais.
As suas obras mais famosas são os romances O Estrangeiro, A Peste
(uma alegoria da ocupação alemã e da condição humana e que foi traduzido para o
português pelo escritor braseiro Graciliano Ramos) e A
Queda.
Mas também se destacam os ensaios O Mito de Sísifo e"O Homem
Revoltado; ou as peças de teatro Os Justos, Calígula ou o Equívoco.
Em 1957, recebeu a maior honraria literária em reconhecimento da
sua obra: o Prémio Nobel da
Literatura.
Morreria de acidente três anos depois, com apenas 47 anos.
Apesar de já ter desaparecido há mais de meio século, Albert Camus
“é um daqueles escritores que são
intemporais pela sua genialidade e actualidade da escrita” (António Souza
Pinto, Livros do Brasil).
Por isso ainda é um autor procurado e lido pelos leitores
portugueses.
Até porque os temas que explora na sua obra, sobretudo a ideia do
absurdo da existência humana, além de terem contribuído fortemente para o
enriquecimento da filosofia, são temas de todos os tempos e lugares.
Porventura a sua obra mais famosa é O Estrangeiro. Lançada
em 1942, foi traduzida em
mais de quarenta línguas e recebeu uma
adaptação cinematográfica realizada por Luchino Visconti em 1967.
Faz
parte do "ciclo do absurdo" de Camus, trilogia composta por esse
romance, pelo ensaio O mito de Sísifo e pela de teatro Calígula
que descrevem o aspecto fundamental da sua filosofia : o absurdo.
O Estrangeiro é uma obra que marca a literatura do séc. XX e o pensamento de quem a
lê. Decide-se aqui o destino de um homem que matou outro. Por causa do sol. Não
há perdão nem arrependimento, só o absurdo!
Um autor a descobrir, por quem não o conhece.
É absolutamente intemporal e actual, como acima se refere!...
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