O livro Digam à Humanidade, de Maria Aurora Guimarães, foi apresentado esta tarde na Biblioteca Municipal de Fafe, perante mais de quatro dezenas de amigos e convidados.
Na mesa de honra, além da autora, estiveram Artur Coimbra, em representação do município e que fez a apresentação de Aurora Guimarães, e Ana Lemos, da Papiro Editora, que abordou algumas linhas gerais da obra editada por aquela casa.
Maria Aurora Guimarães, que nasceu em Sobradelo da Goma (Póvoa de Lanhoso), em 1936 e reside em Medelo (Fafe) há já bastantes anos, foi parca nas palavras e referiu que a obra já havia sido escrita há 13 ou 14 anos, apenas agora tendo surgido a oportunidade de ter vido a lume.
Professora do ensino básico aposentada, tem trinta anos de experiência em psicografia. E é exactamente num exercício de psicografia que enquadra esta obra. Autora Guimarães limitou-se a pegar na caneta e a escrever. Foi apenas a mensageira de “alguém” que quis “escrever o livro”.
Até porque, fez questão de referir, apesar de professora, até aos 50 anos, não escreveu nada de jeito. Depois, já publicou as obras Pétalas de uma Vida (poesia) e A Força do Amor (romance).
Digam à Humanidade “é uma mensagem ditada pelos espíritos” – escreve-se na capa, enquanto na contracapa de expressa que, nesta obra, “Maria Aurora Guimarães torna-se, mais uma vez, o veículo entre o mundo espiritual e terreno, numa psicografia que nos faz chegar as palavras de incentivo e esperança dos que já não se encontram entre nós”.
É por isso que o “autora” (poderemos chamar autora a quem assim declina a autoria da obra?) declara que o livro deve ser lido em si e por si e não tendo em conta quem o escreveu. Desde logo, a uma pergunta nossa, referiu: “não fui eu quem escolheu o título, Digam à Humanidade. Ele apareceu-me na ponta da caneta quando comecei a escrever…”.
De resto, “eu não conseguia escrever o que escrevo” – confessa Maria Aurora Guimarães, uma personalidade diferente, forte, singular.
Uma “médium pelo menos da escrita”, como alguém a caracterizou, para ela lembrar que também Fernando Pessoa foi um grande médium.
De todo o modo, trata-se de um livro bem simples, pequeno em dimensão, com pouco mais de três dezenas de páginas, que deve ser sorvido lentamente, pensado, reflectido. Um livro perturbador, inquietante, questionador da nossa consciência, onde cabem todas as religiões e onde a espiritualidade está presente, em permanência.
Um livro onde Aurora Guimarães sonha que “daqui a uma centena de anos o mundo possa preocupar-se menos com a materialidade e mais com o seu futuro eterno. Então o amor vencerá”.
Fotos: Manuel Meira Correia
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