Não se fala em outra coisa neste país, além naturalmente do flop financeiro de um governo incompetente e que não acerta as previsões que faz, como se comprovou ainda hoje com os números do INE.
A notícia é esta: um parecer do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida defende que o Ministério da Saúde «pode e deve racionar» os tratamentos a doentes com cancro, sida e doenças reumáticas.
Um alegado médico, quer mais parece o contabilista contratado pelo ministro da Saúde, de nome Miguel Oliveira da Silva, presidente desta entidade, defende que o racionamento «é uma luta contra o desperdício e a ineficiência, que é enorme em Saúde».
E ainda dizem que o parecer foi aprovado por unanimidade!...
Mas como é possível que homens que se dizem médicos estejam mais preocupados em poupar dinheiro ao governo do que em mitigar o sofrimento dos doentes com doenças graves? E os doentes não pagam para serem tratados, não descontam, nem pagam impostos? E os desperdícios são debitados à conta dos doentes crónicos?
Este país está francamente a virar um manicómio e já nem num conselho de ética (ética?) se pode confiar. Estão pura e simplesmente vendidos ao capital e ao governo, estes alegados clínicos!...
Como bem refere o fundador do Serviço Nacional de Saúde, António Arnaut, o «Estado não tem autoridade moral para cortar naquilo que é essencial à vida e à dignidade humana».
O racionamento de medicamentos ou terapias seria «a negação dos nossos princípios civilizacionais e constitucionais» - refere Arnaut.
Estes homens são uma aberração, ao condenarem os pobres que caem nos hospitais, com doenças graves, a morrerem antecipadamente, enquanto os ricos podem pagar os tratamentos de que necessitam.
Este caso já nem é do foro da política: é da psiquiatria. Esta gente está louca e quer por os portugueses alienados!...
Como é possível que alegados médicos pretendam, para fazer a vontade ao governo e à troika – matérias quer não deveriam ser da sua alçada, porque aos médicos incumbe defender os doentes – legitimar a eutanásia, apressando a morte de quem ainda poderia viver mais alguns meses ou anos, quando os medicamente são mais caros.
Mas nunca disseram a esses autênticos carniceiros que a vida não tem preço, desde a concepção à morte?
Se o governo tem de poupar, que comece a cortar nos próprios vencimentos, mais nos dos deputados, e em todas as principescas e escandalosas mordomias de todos, mais os gabinetes pejados de boys inúteis e pagos com vencimentos vergonhosamente imerecidos.
Não corte nos doentes fragilizados, que dependem de medicamentos (ainda que dispendiosos) para sobreviver.
Estamos a falar de uma desumanidade gritante, em nome de princípios economicistas que, se num político se podem compreender, em médicos nunca serão legítimos, nem aceitáveis, nem, admissíveis!
Bem anda assim a Ordem dos Médicos em abrir um inquérito aos médicos (?) que integram aquela estrutura sem qualquer ética e muito menos ligada à vida, por eventual violação do Código Deontológico e do juramento que todos os clínicos fazem quando se formam. O bastonário José Manuel Silva, fala numa situação “perversa, desumana e perigosa”.
A dignidade humana é inegociável e é um princípio fundamental do homem e do cidadão, previsto e defendido pela Constituição e pela Declaração Universal dos Direitos do Homem.
Estanha-se, assim, que sejam pessoas que se dizem médicos a avançar com uma enormidade que deveria fazer corar de vergonha quem tiver um pingo de humanidade.
Mas a sociedade actual está irremediavelmente doente, irrefragavelmente cancerosa, do ponto de vista moral! ESte é mais um exemplo paradigmático!
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