Perante centenas de pessoas e a consternação geral, foi hoje a sepultar, no cemitério municipal de Fafe, o amigo António Neves Fernandes, que, aos 58 anos de idade, sucumbiu a doença incurável que o minava desde há cerca de um ano.
Neves Fernandes foi uma glória da
arbitragem fafense, pertenceu aos Bombeiros Voluntários de Fafe, onde era
subchefe e integrou os ranchos folclóricos de Fafe e de Silvares S. Martinho.
Era um activista da cultura e do
desporto.
António nasceu em
2 de Janeiro de 1954, em Fafe, e notabilizou-se como árbitro de futebol, tendo
sido o primeiro “juiz” fafense a ascender à 1 ª divisão nacional (hoje temos lá o Jorge
Ferreira). Vendedor de profissão, iniciou a actividade na arbitragem em 30 de
Junho de 1979. Na época 1979/80, foi estagiário, seguindo-se quatro épocas na
segunda categoria distrital. Na época 1984/85, ascendeu à primeira divisão
regional, onde se manteve ao longo de três temporadas. Nesse período, apitou
243 jogos e foi fiscal de linha 113 vezes. Na época 1987/88, subiu à terceira
categoria nacional, apitando 27 jogos. Na época imediata, ascendeu à segunda
categoria, onde continuou a apitar diversos encontros. Como fiscal de linha do
árbitro Fortunato de Azevedo (que hoje não faltou ao funeral), participou em 36
jogos de diversos campeonatos e escalões. O árbitro fafense foi ainda juiz
principal e fiscal de linha em jogos internacionais oficiais, entre os quais da
antiga Taça dos Campeões Europeus e o encontro particular Portugal-Canadá, nos
Açores.
O
ponto alto da carreira de
Neves Fernandes na arbitragem ocorreu na época 1990/91,
quando ascendeu à primeira categoria nacional, onde se manteve quatro anos e
durante os quais apitou 21 jogos do escalão principal, além de várias dezenas
dos escalões secundários. Em 1994/95, desceu à segunda categoria nacional e em
1997/98 à terceira. No final dessa temporada, “arrumou as botas” e abandonou a
arbitragem, por limite de idade.
Neves
Fernandes foi um dos árbitros fundadores do Núcleo de Árbitros de Futebol de
Fafe, em 1984, do qual era socio nº 1 e foi membro do Conselho de Arbitragem da
Associação de Futebol de Braga.
Por
outro lado, é de referenciar a sua faceta de bombeiro voluntário, de cujo corpo
activo foi um dos dirigentes e que integrou, desde a sua formação, o grupo de cavaquinhos
daquela humanitária associação.
Sem comentários:
Enviar um comentário