1.
Procuro em ti as palavras
com música e coração por dentro
O olhar que sobe às pérolas
do orvalho
quando Maio acontece
Ou então o sortilégio do silêncio
que esmaga em brancura
o voo livre das gaivotas
levado à boca em ardor
de barcos na vertigem do cais
cristal tecido de eternidade
ao encontro das mãos
2.
e das gaivotas que atravessam
a manhã
ritmo incontido universo de asas
barcos palavras perigos
Deixo contigo a paixão das searas
a fúria incansável de verão
o fogo solar incêndio de mãos
corpos em desalinho lábios frementes
inquietos na investida das ondas
ao encontro dos barcos
segregam, desenredando-se da Primavera.
Como o sol se eleva por sobre as colinas
dos dias que a luz sobressalta, em rapidez de cal.
no calor das papoilas à procura do carmim.
É um cais. Um olhar. Um mundo
inteiro, à procura da tua voz,
do veludo do teu sorriso
desabrochando nas ondas
deste querer-te infindo
querendo grafar teu nome
com o fogo de oiro das estrelas
que se espelham no meu mar!
Procuro em ti as palavras
com música e coração por dentro
O olhar que sobe às pérolas
do orvalho
quando Maio acontece
Ou então o sortilégio do silêncio
que esmaga em brancura
o voo livre das gaivotas
O cheiro ondulante
do mar
escreve-se
em ti,levado à boca em ardor
de barcos na vertigem do cais
É do poema
que falo,
efémero
cálice de chuva,cristal tecido de eternidade
ao encontro das mãos
Trouxe nos búzios o mar para ti
Deposito, meu amor, nos teus cabelos
a frescura marítima dos beijos e das caríciase das gaivotas que atravessam
a manhã
em voos sensuais redondos indizíveis
de tamanha plenitude
Deixo contigo o sonoro cristal de água
que me bebe em tiritmo incontido universo de asas
barcos palavras perigos
Deixo contigo a paixão das searas
a fúria incansável de verão
o fogo solar incêndio de mãos
corpos em desalinho lábios frementes
inquietos na investida das ondas
ao encontro dos barcos
Meu amor, é teu o mar
e todo o cais que se tece em meu olhar
3.
É assim que te amo.
Como os pinheiros a resinasegregam, desenredando-se da Primavera.
Como o sol se eleva por sobre as colinas
dos dias que a luz sobressalta, em rapidez de cal.
Amo-te pelos dias que me sonham,
em Maio ou em Setembro, no calor das papoilas à procura do carmim.
Às vezes, anoiteço, a alma seca,
sepulcral de te esperar.É um cais. Um olhar. Um mundo
inteiro, à procura da tua voz,
do veludo do teu sorriso
desabrochando nas ondas
deste querer-te infindo
É assim que te amo.
Como as palavras me viajam, silenciosas querendo grafar teu nome
com o fogo de oiro das estrelas
que se espelham no meu mar!
1 comentário:
Muito bonito!
Enviar um comentário