segunda-feira, 30 de julho de 2012

Que se lixem os Salvadores da Pátria!

Foto da net
1. É este o primeiro-ministro que temos. Arvorado em Salvador da Pátria, em que poucos acreditam, como já tantos houve por aí, como pregoeiros do bacalhau a pataco. Pensando reincarnar um novo Salazar, com um pouco de verniz democrático. «Se algum dia tiver de perder umas eleições em Portugal para salvar o país, que se lixem as eleições. O que interessa é Portugal», disse um destes dias.
Ficámos a saber, numa pequeníssima frase, várias coisas.
Primeiramente, que é um supino aldrabão: nenhum político está no poder para perder eleições. Ninguém acredita nisso. Só um mentecapto pode fazer crer que os portugueses possam algum dia acreditar numa verbosidade tal.
Em segundo lugar, nenhum democrata que se preze pode algum dia exclamar, ainda que esteja no conforto dos seus subordinados, “que se lixem as eleições”.
As eleições são o supremo exercício de uma democracia, ainda que de fachada como parece muitas vezes ser a que estamos a atravessar.
Amesquinhar um acto eleitoral, com o desplante “que se lixe!”, não é de democrata. Pode ser para os seus correligionários. Para mim, não é!
Finalmente, essa de erigir “Portugal” como grande suprassumo de todo o esforço governativo ou cantilena nacional, já tem mais barbas que o famoso adepto do Benfica.
“Portugal” como entidade mítica não existe. É uma pura e conveniente e folclórica abstracção. Muito útil para pintar discurso e decorar patranha, como é o caso. Existem os portugueses. O povo português. E esses seres concretos, com casas para pagar, prestações de carros e electrodomésticos para saldar e filhos nos infantários, está-se Passos Coelho marimbando para eles. Com abstracções lida-se bem melhor. Aos portugueses concretos, corta-se o ordenado, rouba-se o subsídio de férias e de Natal, aumenta-se os impostos, aumentam-se escandalosamente a electricidade, os combustíveis, facilita-se o despedimento, encurtam-se os direitos, designadamente ao subsídio de desemprego, às férias e a tudo o que cheire a “regalias”, aumentam-se os agravos, de toda a espécie.
Mas não são os portugueses concretos que o Passos Coelho quer salvar. Ele quer “salvar o país”, “salvar Portugal”. Aí entram, seguramente, os seus amigos banqueiros, que passam a vida a reivindicar mais dinheiro para recapitalizar o sistema financeiro, que não está a ajudar minimamente a economia (servem para quê, afinal, os bancos, nos dias de hoje, se não dão crédito nem às famílias, nem às empresas? Não servem para nada – é a resposta), os seus amigos Mexias, Catrogas, e outros capitalistas, que estão ao serviço do capitalismo e não dos portugueses!...
Se não existissem, os portugueses estariam bem melhor que o que estão, com toda a certeza!...
O “país”, o “Portugal” que Passos Coelho quer salvar é o sistema financeiro, os bancos, o sistema capitalista, os “mercados”, o patronato, o empresariado.
Está mais que visto, o lado onde está o democrata e “amigo do povo” de Massamá!...

2. Há uns dias, a mesma personagem afirmou qualquer coisa como: «As pessoas simples percebem o que fazemos»!
Acorde-nos à memória, de imediato, a Bíblia quando escreve: “benditos os pobres de espírito, que é deles o reino dos Céus”!
O que significa que Passos Coelho adora os simples, os desinformados, os analfabetos, os desintruídos, os não pensantes. Esse é que o compreendem.
Voltamos a Salazar: também ele não gostava de grandes instruções para o seu povo. Saber ler, escrever e contar, e mais nada. Já chegava, Pessoas simples, tementes a Deus e ao chefe e aptos a compreender as ordens superiores.
É inacreditável como o discurso de um pretenso democrata (não posso ter a certeza de que Passos Coelho o seja, o facto de ter vivido em democracia não quer dizer que seja democrata…) se aproxima tanto de ressonâncias que gostaríamos de nem nelas pensar.
Porque todos sabemos que a democracia só ganha com o exercício da crítica, da oposição consciente e saudável, da análise criteriosa, que só os seres mais pensantes e reflexivos podem levar a cabo. E esses sabem de certeza certa que o governo está a ir longe de mais, num excesso de austeridade que os compromissos com a troika não validam.
Espanta, assim, que se eleve aos píncaros as “pessoas simples” como aquelas que “percebem” o que o governo está a fazer.
Percebem coisa nenhuma. Compreendem a propaganda, a espuma dos dias, a rama dos factos, a areia que lhe deitam para os olhos. Que o seu interior, os seus fundamentos, nem muitas vezes os especialistas e os economistas os entendem, quanto mais “as pessoas simples”.
Deixem de brincar às políticas demagógicas e primárias!...

3. Só mais duas notas nos últimos discursos de Passos Coelho.
A primeira para lamentar que o primeiro-ministro continue a insistir na tecla de que “não estamos a exigir de mais”, quando todos já perceberam que já ultrapassámos todos os limites possíveis e imaginários. Só os distraídos e os imbecis, ou eventualmente “as pessoas simples”, pensarão o inverso.
A segunda para lastimar a arrogância de Passos Coelho, ao fim do primeiro ano de mandato (que era a arrogância de Sócrates ao fim de 3 ou 4 anos, e foi a de Cavaco ao fim de outros anos…), de que “não há alternativa”.
É claro que há sempre alternativa. Sempre houve alternativas. O país não nasceu há um ano (tem nove séculos de História, se é que esse cavalheiros andaram na escola…), nem se acabará dentro de dois ou três anos (talvez para quem lá está agora se acabe a mama, mas essa é outra questão…).
Só uma supina pesporrência, fará pensar que os actuais inquilinos de S. Bento são predestinados por Deus para a governação deste rectângulo. Tenham juízo e muita humildade. Os portugueses, os “simples” e os “complicados”, começam a ficar fartos das fitas e da demagogia barata deste “PREC de direita”, como bem o cataloga o Miguel Sousa Tavares no Expresso de há uma semana (a ler obrigatoriamente).
Parafraseando o próprio, que se lixem Passos Coelho e os Salvadores da Pátria!...

sexta-feira, 27 de julho de 2012

A culpa é toda do Arcebispo!

Não é que o assunto me preocupe muito, porque até nem sou grande frequentador da Igreja, para lá dos costumeiros casamentos, funerais e missas de aniversário. Mas penaliza-me este jogo constante de política religiosa do Arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, cujas atitudes que tem tomado nos últimos tempos, em especial nos dois últimos anos, não se entendem muito bem e não se moldam aos propósitos cristãos da pacificação e da acalmia das consciências. Nem de perto nem de longe!
E espanta-me que homens absolutamente cultos e bem formados, como são os sacerdotes, tenham de andar como autênticos títeres nas mãos dos bispos, ao sabor sabe-se lá de que estratagemas, apenas “porque tem de ser”, “porque um padre tem de cumprir as ordens superiores”, “porque é essa a vontade de Deus”! O tanas, é o que é!...
É altura de recordar a pouca-vergonha registada aqui há dois anos e a forma aviltante e indigna como o Arcebispo de Braga afastou o Padre Peixoto Lopes da titularidade da paróquia de Fafe, que se encontrava a servir havia 25 anos e na qual desenvolveu notável obra social e religiosa em favor dos paroquianos. Que, pelos vistos, não terá chegado para os desígnios insondáveis (e nunca esclarecidos) do prelado bracarense, que ficará na história por alguma marca que não pela bondade… 
Para o lugar do Padre Lopes veio o Padre João Fernando Araújo, directamente da vizinha paróquia de S. Torcato, onde esteve 11 anos e era muito querido. Durante dois anos aqui desenvolveu o seu trabalho, e bem, ao que se ouve, sem qualquer culpa do que se passou antes, mas acabou por ser vítima dos estilhaços da “guerra” que teve lugar há dois anos. Um conjunto de circunstâncias terá contribuído para a sua saída da paroquialidade. Anuncia-se que sai em Setembro próximo, exactamente dois anos após a sua chegada, por razões que são mais da ordem da presunção do que do conhecimento público. Nem isso será o mais importante.
É lamentável que tudo isto esteja a acontecer.
Peço desculpa de expender a minha opinião (e se calhar estou a meter a foice em seara alheia), mas a culpa do que está a passar-se na paróquia de Fafe é exclusivamente do Arcebispo de Braga. Não vale a pena tapar o sol com a peneira!...
Em Setembro, outro pároco (Abel Maia, que vem de Mirandela) virá para Fafe para a função de “moderador” da paróquia (até desse poder o Padre Lopes foi ilegalmente esbulhado pelo Arcebispo, lembremos).
Pelo que parece, a dança das cadeiras não pára. Nos últimos dois/três anos, entre párocos “moderadores” e coadjuvantes, já por aqui passou quase meia dúzia de clérigos. A pacificação impõe-se mas, para que tal aconteça, o prelado bracarense terá de intervir e “reabilitar” o Padre Peixoto Lopes, chamando-o a dar o seu contributo pastoral à paróquia.
O Arcebispo tem de deixar de impor a sua lei, cega e unilateral, ao seu povo e aos seus servidores. Porque o que se verifica é que o povo miúdo da igreja fafense tem-se servido do Padre Lopes para diversos actos religiosos (o que terá desgostado justamente o Padre João Fernando), num exercício de democracia directa e de desafio de que a Diocese não estaria à espera. E tal compreende-se que aconteça, porque o tempo das ditaduras há muito acabou, excepto em sectores da Igreja, como a bracarense!...
A Igreja deve estar com o povo e não contra o povo!
Qualquer arcebispo já deveria conhecer e praticar esta verdade tão comezinha há muito tempo. Mas, pelos vistos, o de Braga não sabe. Ou não quer saber. Como reza o adágio, mais cego que quem não vê a realidade, é quem persiste teimosamente em ignorá-la!...

quinta-feira, 26 de julho de 2012

XXVIII Festival Internacional de Folclore Fafe 2012 este sábado à noite na Arcada

Este sábado à noite, 28 de Julho, realiza-se na Arcada, em Fafe, a partir das 21h30, o XXVIII Festival Nacional e Internacional de Folclore Fafe 2012, com a participação de sete grupos folclóricos, um dos quais estrangeiro (eslovaco).
O festival, que tem já grande fama no último fim de semana de Julho, é promovido pelo Grupo Folclórico da Casa do Povo de Arões, deste concelho e tem o apoio da Câmara Municipal de Fafe, Junta de Freguesia de Arões S. Romão, Federação do Folclore Português e Delegação de Braga do INATEL.
Além do grupo organizador, participam o Grupo Etnográfico os Esparteiros de Mourisca – Abrantes, Rancho Folclórico S. João Baptista – Nogueira – Braga, Rancho Folclórico e Cultural N. Senhora do Monte – Gaia, Rancho Folclórico de S. Miguel O Anjo - V. N. Famalicão, Folklore Railmen Ensemble Marína – Eslováquia e Grupo Folclórico Santa Maria de Moure – Barcelos.
Uma grande noite de folclore, de elevada qualidade, em perspectiva, este sábado, na cidade de Fafe, para os amantes da especialidade!

Historial do Grupo Folclórico da Casa do Povo de Arões

O Grupo Folclórico da Casa do Povo de Arões foi fundado em 1 de Janeiro de 1979.
Está filiado no Inatel (Fevereiro de 1997) e na Federação de Folclore Português (Março de 1999), sendo o único com estas filiações no concelho, o grupo é composto por 55 elementos. Gravou programas para algumas estações de rádio e participou em programas transmitidos pela RTP e também já se deslocou a Espanha e a França.
Em 1985 participou num Festival Internacional de Folclore realizado em França, levando assim o nome de Fafe ao mais alto nível,
Em 1987 participou num grande Festival Nacional, realizado na cidade da Maia, juntamente com outros grupos etnográficos do nosso país.
Em 1997, mais uma vez, foi chamado para o alto nível dos Festivais Internacionais, nomeadamente o concurso realizado em Versalhes-França, onde obteve entre 12 grupos o 1º lugar, que foi atribuído por unanimidade do júri.
Em 1999 foi agraciado com a medalha de prata de mérito concelhio pela Câmara Municipal de Fafe.
É ainda de salientar a participação assídua do grupo em Festivais Internacionais e Nacionais.
Desde a sua fundação é ponto de honra preservar as danças, cantares, trajes, utensílios e tudo o que possa ter interesse cultural museológico do concelho, tendo este grupo uma procura constante em elementos que possam contribuir para as suas boas actuações e de acordo com a tradição desta terra, mantendo assim uma actividade regular na pesquisa desses mesmos elementos.
O traje mais característico deste grupo é o Fato Domingueiro.
Destacam-se ainda os seguintes trajes:
Traje Domingueiro/ Romaria;
Traje de Mordoma;
Traje de Ir á Missa Rico;
Traje de Viúva Rica;
Traje de Noivos;
Traje de Chamadeira de Gado;
Traje de Feira;
Traje de Trabalho;
Traje de Moleiro.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

O que é (ou não é) o amor?



O amor não é aquilo que ilumina o seu caminho.
O nome disso é candeeiro.

O amor não é aquilo que supera barreiras.
O nome disso é "golo", na marcação de um livre.

O amor não é aquilo que faz coisas que até Deus duvida.
O nome disso é Lady Gaga.
O amor não é aquilo que traça o seu destino.O nome disso é GPS.

O amor não é aquilo que lhe dá forças para superar os obstáculos.O nome disso é tracção às quatro rodas.
O amor não é aquilo que mostra o que realmente existe dentro de si.O nome disso é endoscopia.
O amor não é aquilo que atrai os opostos.O nome disse é íman.
O amor não é aquilo que dura para sempre.O nome disso é Manuel de Oliveira.
O amor não é aquilo que surge do nada e em pouco tempo está mandando em si.
O nome disso é Miguel Relvas.
O amor não é aquilo que o deixa sem fôlego.O nome disso é asma.
O amor não é aquilo que não o deixa ver as coisas como elas são.O nome disso é miopia.
O amor não é aquilo que faz os feios ficarem pessoas maravilhosas.O nome disso é dinheiro.
O amor não é aquilo que o homem faz na cama e deixa a mulher louca.O nome disso é esquecer a toalha molhada.
O amor não é aquilo que toca as pessoas lá no fundo.O nome disso é exame de próstata.
O amor não é aquilo que faz a gente dizer coisas de que depois se arrepende.O nome disso é vodka.

O amor não é aquilo que faz você passar horas ao telefone.O nome disso é promoção da ZON ou da MEO...
O amor não é aquilo que o deixa com água na boca.O nome disso é copo de água.
Amor não é aquilo por que você reza para que não acabe.
O nome disso é férias.
O amor não é aquilo que entra na sua vida e muda tudo de lugar.O nome disso é empregada nova.

O amor não é aquilo que o deixa meio pateta, rindo à toa.
O nome disso é excesso de álcool.

O amor não é aquilo que se cola em si mas quando vai embora arranca lágrimas.O nome disso é cera quente.

O que é afinal (ou não é) o amor?

(Mensagem electrónica que circula pela net)


terça-feira, 24 de julho de 2012

Encerramento da urgência do Hospital de Fafe é um crime político

Já há uns meses, uma fuga de informação de um alegado membro da alegada comissão de alegados peritos encarregado pelo alegado ministro da saúde (ou das finanças? - porque de saúde trata imensamente pouco) de estudar a reforma da rede de urgências a nível nacional, dava conta da eventualidade do encerramento do serviço de urgência básica da unidade de Fafe do Centro Hospitalar do Alto Ave.
Nos últimos dias, o assunto voltou à baila, como se sabe, e a comunicação social amplamente noticiou. Os alegados peritos propuseram o fecho de 12 serviços de urgência em todo o país.
O ministério desdramatiza, como convém e diz que a proposta tem um “carácter meramente consultivo” e que algumas propostas “não são exequíveis”. Poderíamos ficar descansados; mas não ficámos.
As autarquias de imediato fizeram ouvir a sua voz; as populações mexeram-se. Fizeram bem. Ninguém quer perder serviços, obviamente, para mais tratando-se de um sector fundamental como é o da saúde.
No caso de Fafe, é um crime político acabar com a urgência básica no nosso Hospital. Ainda que a funcionar com os serviços mínimos.
O encerramento de um hospital com 150 anos de história, construído com o maior amor e paixão com cabedais "brasileiros", que sempre serviu a contento as populações do município e da região de Basto, hoje computadas em 100 000 pessoas, seria catastrófico para a região, como faz questão de sublinhar (e muito bem) o presidente da autarquia, José Ribeiro.
Porque todos sabemos de certeza certa que o Hospital Nossa Senhora de Oliveira não tem capacidade para receber tanta gente, que está num estado caótico e calamitoso, com horas de espera nas salas de urgência que são absolutamente degradantes num país civilizado.
Um governo que, em lugar de reforçar a unidade de Fafe com os adequados serviços de urgência, para funcionar como tampão e primeira triagem para as tais 100 000 pessoas deste município e dos concelhos de Basto, se arrogue a eventualidade de aceitar as alegadas propostas da alegada comissão dos alegados peritos comete um crime político imperdoável perante as populações desta região, pelo qual não deixará de ser devida e muito justamente penalizado na altura própria.
Porque não se brinca aos peritos com as questões da saúde!... Nem são admissíveis lógicas meramente economicistas. Há que respeitar as populações, da Quinta da Marinha, de Carcavelos ou de S. Miguel do Monte. Todas têm direito a serem tratadas com dignidade, qualidade e presteza!... Por muito que custe aos irritantes burocratas lisboetas que apenas sabem fazer contas, mas não fazem ideia de quanto custa a um velhinho de Monte ter de deslocar-se a Fafe para um mero episódio de urgência.
Sabem lá os ricos Macedos o que isso é?

domingo, 22 de julho de 2012

Momento histórico: UHF lançam CD acústico gravado no Teatro-Cinema de Fafe

O salão nobre do Teatro-Cinema de Fafe encheu na noite de sexta-feira para assistir à apresentação pública no norte (e no país) do CD duplo “Ao Norte – Unplugged”, gravado ao vivo no Teatro-Cinema de Fafe em Novembro do ano passado. O líder da banda deslocou-se expressamente de Lisboa para estar entre nós, “regressando a esta casa”, onde se sente bem, o que nos deixa imensamente felizes, porque também o adoramos e à sua fantástica banda, a única que aqui actuou mais que uma vez (três concertos nos últimos dois anos), dando-nos esse privilégio.
Depois de aqui ter actuado em 20 de Novembro de 2010, naquele que havia sido o melhor concerto musical até à altura realizado na mítica sala de espetáculos fafense, após ano e meio da sua reabertura, a banda de António Manuel Ribeiro regressou em 26 e 27 de Novembro de 2011 para dois grandiosos e memoráveis espectáculos, onde aproveitou para gravar 32 músicas para a edição de um álbum em CD, totalmente acústico da famosa banda de Almada, de que acabou por aproveitar 21 canções para os dois discos deste “Ao Norte”. Creio não andar longe da verdade se disser, até pela reacção do público, que os concertos dos UHF são os mais conseguidos e os mais fantásticos de todos quantos tiveram lugar nos três anos que leva de reabertura a nossa sala de espectáculos! Simplesmente fabulosos!...
Na noite desta sexta-feira, e perante a já habitual ausência da comunicação social de expressão nacional (as televisões andam atrás dos fogos e dos ministros, as rádios noticiam as Marés Vivas de Gaia e os jornais não saem das redacções, esperando que as notícias do país lá caiam, como por encanto, e é esta a comunicação que temos…), com a saudável excepção do Correio do Minho, que aqui se deixa retratado (edição de hoje), fez-se história no Teatro-Cinema de Fafe. Foi a primeira vez na história daquela casa que se apresentou um disco gravado no seu interior, nos últimos 80 anos. Um privilégio, sem dúvida, que os UHF deram a Fafe, gravando parte fundamental do seu reportório no nosso Teatro e ficando assim, a partir de agora, e do ano passado, indelevelmente, ligados quer à história do Teatro-Cinema de Fafe, quer à história da própria cidade de Fafe.







A partir deste ano, o duplo CD “Ao Norte – Unplugged” leva, com as músicas características da banda de António Manuel Ribeiro, e que todo o país conhece, as fotos de Manuel Meira Correia, com a indicação, na contracapa, ao cimo, “gravado ao vivo no Teatro-Cinema de Fafe, em Novembro de 2011”.
Um facto que só pode orgulhar todos os fafenses, penso eu!
Na sexta-feira à noite, António Manuel Ribeiro, o vocalista e embaixador da banda, aproveitou para elogiar publicamente o trabalho de recuperação levado a cabo na principal casa de espectáculos da cidade, “destacando a sabedoria política local na aplicação de fundos estruturais”, como relata o Correio do Minho de hoje.

Sentindo-se “honrado” por estar mais uma vez em Fafe, entre os seus amigos, o líder dos UHF considerou que “faltava-nos fazer um disco acústico e Fafe recebeu-nos muito bem para o podermos fazer nesta sala privilegiada”.
Depois de palavras amigas e consistentes do vereador Vítor Moreira, António Manuel Ribeiro tomou a guitarra e interpretou, perante dezenas de fãs de Fafe, Guimarães, Felgueiras, Penafiel, Barcelos, Santo Tirso, Braga, Marco de Canaveses, Porto, V.N.Gaia  e outras localidades, um conjunto de sete excelentes canções dos UHF, de que se destacam “Rua do Carmo”, “Na Tua cama”, “Toca-me” e “Sarajevo”, que deliciaram os assistentes que tiveram o privilégio de encher o salão nobre do Teatro-Cinema de Fafe na noite da última sexta-feira.
"One man show" como só o António consegue, com a sua guitarra e a sua voz esplendorosa, como se tivesse vinte ou trinta anos. E é a idade que a sua voz tem, eternamente!



O retrato de família dos fãs dos UHF!
 
É um privilégio ter um amigo assim! Grande António!
Fotos: Manuel Meira Correia

Portugal, um futuro sem educação!


É do senso comum que os dois sectores básicos, fundamentais e estruturantes de qualquer sociedade são a saúde e a educação. Os gastos feitos nessas áreas não são despesas, mas entram no domínio do investimento do Estado.
Assim é (deveria ser) em Portugal, onde aquela Lei Fundamental que os políticos adoram quando permite fazer o que querem e odeiam quando a interpretação vai no sentido contrário, como ainda agora sucedeu, consagra inequivocamente ambos os direitos como fundamentais.
A educação é um direito básico de todos os cidadãos portugueses, em condições de igualdade de oportunidades de acesso, na rede pública.
Todavia, esse direito basilar de todo e qualquer cidadão a uma educação de qualidade, no espaço público, está seriamente a ser colocado em causa por uma agenda político-ideológica ultraliberal que desvaloriza a universalidade educativa e a obrigação de o Estado garantir a “melhor educação” nos seus vários graus.
É claro que o desinvestimento na educação já não é de hoje e, em épocas de crise, quem mais sofre são essas áreas “supérfluas” como a cultura, o ensino e até a saúde, tidas como bens de luxo, quando o que é necessário é garantir o alimento para a boca de milhares de cidadãos...
Com este governo, este ministro, esta agenda, o problema agrava-se. A educação neste país está a ficar pela hora da morte (nem só a saúde) e o que está em causa nem são meros casuísmos economicistas, sempre lamentáveis, mas o futuro de todo um país, de todo um povo. Um futuro sem educação, porque no presente o que está a acontecer é um “investimento”, lastimável, sublinhe-se, na voluntária desarticulação do sistema educativo público.
Desde logo, com essa monstruosidade dos giga-agrupamentos, de que ainda ninguém conseguiu ter uma palavra elogiosa. Eu, pelo menos, ainda não consegui ouvir ou ler uma frase laudatória às virtualidades de um projecto que está a ser implementado pelo país, com algumas excepções, de que apenas se conhecem críticas. A excessiva dimensão das escolas/agrupamentos “desfavorece a relação interpessoal, a dimensão humana, a aproximação e participação dos pais na vida da escola, a coordenação pedagógica, a gestão e administração de recursos e meios, a relação com a comunidade educativa e por outro lado favorece a indisciplina”, como resumia há dias António Carvalho, deputado municipal de Guimarães.
A agravar a situação, o ministério determinou o aumento do número de alunos por turma, o que, diz quem sabe, degrada as condições de ensino e compromete a qualidade das aprendizagens.
Como corolário de toda esta situação, assistimos esta semana à movimentação dos professores pelo país, nas escolas e nas ruas, gente a chorar, professores com 20 e 30 anos de serviço colocados com “horários-zero”, docentes do quadro a ter de voltar a concorrer, a extinção de qualquer coisa como 25 mil horários, enfim, um pandemónio indescritível que nada tem a ver com o acréscimo da qualidade do ensino e da educação mas apenas se explica pela necessidade de poupar dinheiro. Mera contabilidade economicista, que deixa no desemprego milhares de professores contratados e sem qualquer perspectiva tantos outros milhares de jovens que estão a frequentar ou a concluir cursos virados para áreas pedagógicas.
Dir-se-à que o Estado não pode nem tem obrigação de empregar todos os licenciados. Nem de perto nem de longe. Mas tem obrigação de criar condições para uma educação de qualidade, no sector público, com um ensino e uma aprendizagem mais próximos, o que significa turmas mais pequenas, logo com maior apoio de professores, ocupando maior número de profissionais.
O que parece é que, à boleia da crise e das limitações orçamentais, estamos a assistir a uma clara e assumida desqualificação do ensino público, para que floresçam escolas privadas onde o Estado não deveria deixar de marcar a sua presença.
Mas já sabemos que estamos perante um governo para quem o interesse público não será a missão última. Claramente.
Basta, para o provar, a desclassificação simbólica da República: a res pública, a coisa pública. Isso diz tudo da ideologia reinante desde há um ano. Não é necessário ir mais longe. Lamentavelmente!

quinta-feira, 19 de julho de 2012

UHF apresentam sexta-feira em Fafe CD “Ao Norte Unplugged”

O salão nobre do Teatro-Cinema de Fafe vai ser palco esta sexta-feira à noite (22h00) da apresentação do CD duplo “Ao Norte – Unplugged”, gravado ao vivo no Teatro-Cinema de Fafe em Novembro do ano passado.
Depois de aqui ter actuado em Novembro de 2010, a banda de António Manuel Ribeiro regressou em 26 e 27 de Novembro de 2011 para dois grandiosos e memoráveis espectáculos, que aproveitou para gravar 32 músicas para a edição de um álbum em CD.
Fafe orgulha-se de ter sido escolhida para a gravação do primeiro registo ao vivo totalmente acústico da famosa banda de Almada, que quis assim homenagear o público do Minho e do Norte, onde realiza a maioria dos seus espectáculos.
Da mesma forma, a banda aproveitou para comemorar em Fafe os 33 anos da sua formação, que remonta a 1978.
Das músicas gravadas, foram recuperadas 21, de que são exemplos, “Jorge Morreu”, “Cavalos de Corrida”, “Rua do Carmo”, “Matas-me com o Teu Olhar”, “Viver para Te Ver”, “Barcos ao Mar”, “Não me deixes ficar Aqui”, “Brincar no Fogo”, “Na Tua Cama”, “Menina Estás à Janela”, “Vejam Bem”, Velhos Tamborins” e “Por Três Minutos na Vida”.
António Manuel Ribeiro estará em Fafe para apresentar o CD, falar dos UHF, autografar livros e discos e cantar três ou quatro músicas da banda.
Imperdível!

terça-feira, 17 de julho de 2012

Danças e Cantares dos funcionários municipais “abrem” Sons de Verão 2012 em Fafe

                                                         
O Grupo de Danças e Cantares do Centro Cultural, Social e Desportivo dos Trabalhadores da Câmara Municipal de Fafe actua este sábado à noite (22h00), na Arcada, no centro da cidade, na abertura das noites de Verão, habituais nesta altura do ano.
O grupo dos funcionários municipais interpreta durante mais de uma hora e meia um vasto reportório de canções populares e tradicionais, centradas sobretudo na região minhota.
Na semana seguinte, realiza-se no mesmo local, o XXVIII Festival Nacional e Internacional de Folclore de Fafe, organizado pelo Grupo Folclórico da Casa do Povo de Arões, com o apoio da Câmara Municipal de Fafe e com a participação de sete agrupamentos folclóricos, um dos quais estrangeiro (Eslováquia).

Escrever!

Num tempo de escuridão, o poema – o que quer que isso seja, nem que a pura escrita das manhãs que acordam numa aldeia minhota – é um lugar de luz. Como escrevia Sophia, é no poema que está e nasce a liberdade.
É o exercício dessa liberdade livre que funda e permanece no acto de quem escreve, não para mudar o mundo (que a palavra não tem dotes taumatúrgicos…) mas para se tornar mais humano, quer dizer, mais divino, mais puro e solidário.
Contra as sombras, as mediocridades, as ervas daninhas do quotidiano, a poesia – e em geral, a escrita – instaura-se como chama, incêndio, fulgor. O fogo da diferença, essa missão indeclinável e apetecível de ser aurora da criação, catedral de sentimentos, discurso directo do coração.
O dia a dia é a consagração da vulgaridade, da abrupta e aborrecida normalidade, da mais insidiosa e estúpida telenovela da vida: dos que se esquecem de viver, dos que transferem a sua vida para os ecrãs da fantasia, dos que recusam a utopia em nome de rasteiros interesses.
A escrita nasce da opção por um estado outro de ser, de estar e de querer. A denegação dos bichos da terra vis e tão pequenos de que se lamentava Camões, nos Lusíadas, essa epopeia patriótica que a Escola hoje desvaloriza, ou menospreza, num crime de lesa-cultura, não por culpa própria, naturalmente, mas por decisões vindas dos estúpidos poderes que vamos suportando. É a libertação de asas e grilhetas que agarram os humanos à terra; é o voo fantástico em busca da eternidade. Quer dizer, da luz.
Escrevo, não como quem respira, óbvio, nem como obrigação de me sacrificar em cinco milhares de caracteres diários, longe disso, mas quando me dá na real gana e com o esforço próprio de quem poda os galhos de uma estátua que vai esculpindo, ao sabor do momento e da emoção que transporta.
Pensar incomoda como andar à chuva, parafraseando Pessoa. Mas não me importo de uma boa molha, para expressar as minhas inquietações, os meus anseios, as minhas alegrias, partilhando-os com os leitores, como sempre tenho feito, com  toda a frontalidade, toda o arrojo, sem me esconder em pseudónimos ou em cobardias anónimas. Aqui, nos jornais, ou nos livros.
Um homem só pode ter uma cara. Uma verticalidade, um nome, um rosto.
Não pode lançar a pedra e esconder a mão. Assume, subscreve, não foge, se é homem de corpo inteiro.
Tenho procurado sê-lo, para o bem e para o mal, arrostando com as consequências, algumas incompreensões, mas também aplausos. Sobretudo, não enganando ninguém, não me enganando a mim próprio, que é o mais importante!

domingo, 15 de julho de 2012

Padrões ou obeliscos na cidade: Lions e Rotary Club

Padrão do Lions Club de Fafe
Após termos passado em revista os oito monumentos que embelezam a cidade e os seus arredores desde os anos 30, portanto, nos últimos oitenta anos, incrementados nos anos mais recentes, resta-nos chamar a atenção para dois padrões ou obeliscos que estão na cidade e que, não sendo propriamente monumentos, ocupam o seu lugar simbólico no contexto urbano e sobretudo associativo.
Ambos pertencem a clubes de serviços: o Lions Club e o Rotary Club.
Na Rua António Saldanha, em homenagem ao emérito combatente antifascista, mais conhecida popularmente por Arcada, está implantado o obelisco (imagem acima) dedicado aos 25 anos do Lions Club de Fafe (1978/2003), sob o lema “Nós Servimos”. Ao cimo da coluna, o brasão do Lions Internacional e ao fundo a figuração do mapa mundi, com a indicação dos continentes.
Na Rua Serpa Pinto, está também colocado um padrão de homenagem ao Rotary Internacional, da iniciativa dos rotários fafenses, por ocasião das suas bodas de prata (igualmente 1978-2003). Uma inscrição no sopé do memorial, de linhas rectas, angulares e sóbrias, transcreve o lema da organização: “ser rotário é dar de si antes de pensar em si”.
Marco rotário

Fotos: Manuel Meira Correia

sábado, 14 de julho de 2012

Num país civilizado, Miguel Relvas já não seria ministro!

1. Já não bastava Miguel Relvas estar lamentavelmente envolvido no caso das “secretas”, um acontecimento muitíssimo mal esclarecido, com mentiras e meias verdades pelo meio e que só não teve mais consequências porque a maioria política se opôs a que a verdade viesse ao de cima, como o azeite.
Já não bastava Miguel Relvas estar envolvido nas pressões ilícitas a uma jornalista do Público, de que só foi ilibado pela votação dos seus correligionários da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC).
Não se provou nada, porque não o quiseram os Magnos e outros membros “alinhados politicamente”, a quem só teoricamente interessa a descoberta da verdade.
Quando a história destes episódios for feita e a verdade reposta, já não haverá consequências políticas! O que não aconteceria se fosse apurada nesta altura, como deveria.
Eis senão quando, volta a falar-se de Relvas, pela negativa, pela mentira (um registo biográfico no parlamento, em 1985, onde se mencionava que era estudante universitário do 2º ano de direito, quando não havia tirado senão uma cadeira do 1º ano…), pelo mau exemplo, pelo alargamento das Novas Oportunidades ao ensino superior, coisa que se julgava impensável.
Agora fala-se de Miguel Relvas, depreciativamente, pela sua licenciatura. À memória vem José Sócrates, mas perante este caso, Sócrates é pós-doutorado, quase catedrático, pois andou vários anos na Universidade.
A imprensa não fala em outra coisa por estes dias: o ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares do actual governo (aquele que tem um ministro que alega tanta exigência na vida escolar e está calado que nem um c-rato perante este excesso de facilitismo…) obteve 32 equivalências e fez apenas 4 (quatro) exames para obter a licenciatura em Ciências Políticas e Relações Internacionais. Num anos apenas. Pasmem os deuses!... Em que prestigiada instituição universitária? Na Universidade Lusófona. Pois…
Os cargos públicos que Relvas ocupou desde os 26 anos valeram-lhe a equivalência a 14 disciplinas. É obra!... O “exercício de funções privadas, empresariais e de intervenção social e cultural”, que incluem um cargo numa associação folclórica, valeram mais 15 equivalências. Mais obra!... E assim por diante. É inacreditável. Pode ser legal, pelo processo de Bolonha (há quem lhe chame de vergonha). Pode ser um “não assunto” para um primeiro-ministro que deveria ser mais criterioso nas palavras que escolhe e que cada dia escapa mais para um tom arrogante, insensível e autoritário que antecessores usaram e que não deu bons resultados. Foi o princípio do fim de alguns.
Pode não haver ilicitudes ou irregularidades neste processo (se não há porque é que a Procuradoria Geral da República está tão atenta?), mas que há uma imoralidade gigantesca ninguém duvida. Que há uma vigarice de todo o tamanho, nem sou eu quem o diz. Tem vindo escarrapachado em tudo o que é media.
Que é que pretendeu Miguel Relvas? Claramente apenas o título de “doutor”, sem o qual ninguém tem estatuto neste país parolo de “doutores e engenheiros”. Porque não quis obter conhecimentos, nem aprendizagens, nem saberes, porque senão teria feito o percurso normal dos estudantes vulgares. Valeu-se de um “expediente” proporcionado pelos seus amigos da Lusófona (o amigo que certificou 160 créditos já foi promovido pela escada abaixo…), que é o que está no sangue do chico-espertismo nacional.
Que exemplo é que um governante com este percurso dá aos mais jovens que têm pela frente cursos de três ou mais anos de licenciatura e mais dois de mestrado para entrarem numa profissão? Pensarão para os seus botões: “para que vou chatear-me a estudar? Inscrevo-me numa jota, faço um currículo político afiançado e haverá sempre uma Lusófona amiga que, num ano, me certifica o currículo, as competências e a experiência profissional (e ainda por cima a desembolsar um décimo do que custa o curso). E com um jeitinho, sem saber nada, ainda dou aulas a quem sabe mais que eu!”...
Se não estamos perante uma escandaleira, andamos lá perto.
Passos Coelho deveria envergonhar-se de criticar as Novas Oportunidades, porque o seu ministro aí está para demonstrar as virtualidades, a essência, a substância, o paradigma do programa. Se alguém que de alguma forma foi formado nas Novas Oportunidades aplicadas ao ensino superior conseguiu chegar a segunda figura do governo, tal só depõe a favor deste importante programa que o PSD tão injustamente quer eliminar, pondo em causa futuras licenciaturas “à maneira de Miguel Relvas”.
No fim de contas, a ideia que fica, no meio de todo este imbróglio, é que Passos Coelho está refém de Relvas e não sabe como mandá-lo à vida.
Com todas as trapalhadas em que esteve e está metido, Relvas prejudica inequivocamente a imagem do governo e do país.
Por isso, espanta que continue no exercício do cargo. Como surpreende que o Presidente da República não exerça a sua magistratura de influência junto do governo para devolver Relvas aos seus negócios, que poderão, quem sabe, dar equivalência a um mestrado na Lusófona!...

2. Agora percebo porque é que os patrióticos deputados da Nação, de todos os partidos, não abdicaram de receber os subsídios de férias e de Natal neste ano da (des)graça de 2012, ao contrário dos mais de 1 milhão de funcionários públicos e pensionistas que se viram privados deles, com os consequentes e dramáticos (para muitos) reflexos na vida pessoal e na economia da região e do país.
É que os nossos parlamentares já adivinhavam que a suspensão era inconstitucional e se há coisa de que eles não querem ser acusados é de violar a Constituição. Assim, o melhor é meter os subsídios ao bolso, para se cumprir a Lei Fundamental!...
É sempre enternecedor ver os deputados da Nação defender os seus interesses!...