quarta-feira, 9 de março de 2011

Estas “xistrices” à moda do Porto

Já passaram dois dias, e eu ainda não consegui perceber porque é que um árbitro sem qualquer categoria, que já tem “cadastro” em prejudicar o Benfica, foi nomeado para um jogo de risco e que se revelava demasiado importante para qualquer das equipas, muito acima da comprovada e reiterada incompetência do cavalheiro, que não tem culpa de não ser capaz de fazer melhor. Era claro que só um árbitro de nível superior seria ajustado a um jogo de previsível alto nível, como veio a acontecer.
Não foi isso que aconteceu. Daí se pode concluir, sem grande margem para dúvidas, que se não foi um “xistrice” encomendada, já se sabe por quem, andou lá perto.
O resultado está aí: tirando os habituais Leirós e companhia, tão do agrado do impoluto idoso que comanda a ponte do Freixo, é consensual que o Benfica foi monumentalmente extorquido na sua deslocação a Braga.
Razão tinha Jorge Jesus quando alertara na véspera que estava escrito que algo poderia acontecer, porque o árbitro era muito do agrado de Salvador e Mesquita, como se veio a verificar.
Se a um árbitro sem nível se pode tolerar a anulação do lance de golo que o Benfica criou na primeira parte, por “pretenso” fora de jogo de Cardozo, que não se verificou, raia a incompetência o lance fundamental que decidiu o jogo e precipitou a vitória do Porto no campeonato, que era no fundo o que todos queriam – a equipa de arbitragem e os bracarenses. Basta ver as reacções pategas de muitos “pintacostistas”…
Javi Garcia foi expulso, não há dúvida, pelo banco do Braga (se o lance tivesse tido lugar em outra zona do campo, sem o terramoto inventado pelo Domingos, nada teria acontecido, porque não tinha nada para acontecer). Só a incompetência deliberada de um fiscal de linha, na sequência da palhaçada (era Carnaval…) de um cabeludo bracarense, levou ao desenlace que todos queriam. Afirmam muitos analistas (excepto o Quim, bom moço, que me doeu ter saído do Benfica, mas acabo de perceber porquê, que se esqueceu do passado recente, e que já consegue ser mais azul e branco que o patrão…) que quem deveria ter sido punido era o bracarense, por fazer o teatro que a televisão mostrou (dava um grande actor, se tivesse alguma consciência artística) e que o lance seria absolutamente ao contrário. O Javi Garcia não teria sido expulso e o Roberto não voltaria às bocas do mundo por um golo que tantos guarda-redes sofrem nas mesmas situações, e que não teria feito grande mossa (como não fez no jogo com o Sporting, a meio da semana), se a verdade desportiva tivesse prevalecido. O que não foi o caso…
Este Braga-Benfica foi o jogo decisivo do campeonato, marcado indelevelmente, e negativamente, pela arbitragem, como já se antevia, de resto. Que não está num tão bom momento como muitos querem fazer crer, quando lhes interessa!...
E não é tão isenta, competente e imparcial como parece. Pessoalmente, há muito que deixei de crer na bondade dos árbitros, na sua neutralidade, na sua rectidão. Os árbitros erram muito, certamente, sem querer; mas também erram muito por querer. Não tenho disso qualquer dúvida!
No caso deste campeonato, está decidido desde as primeiras jornadas, para os clubes e para as arbitragens: desde a altura em que arbitragens miseráveis fizeram com que o Benfica perdesse em Guimarães, em casa com a Académica e na Madeira com o Nacional, com penaltis não assinalados, expulsões hilariantes (como a deste domingo…) e golos anulados, enquanto o Porto era levado ao colo pelos senhores do apito, para ir ganhando distância.
Não é que o Porto não mereça este ano ser campeão; até merece, por ser a equipa mais regular, o que a formação de Jorge Jesus não conseguiu ser.
Porém, não era preciso ter os homens de negro tão ou mais “papistas” que os jogadores do Porto e das suas sucursais de Braga, de Olhão e de outros emblemas suspeitos! …
Não substituam o alegado “campeão dos túneis” pelo bem-querido “campeão dos homens do apito”, o que, de resto, já não seria inédito no passado recente!...
NB - As declarações de Mesquita Machado ao jornal oficial do FCP, vulgo O Jogo, de hoje, são hilariantes, provincianas e de um clubismo rudimentar como há muito não se via. É um gozo lê-las...

Sem comentários: