terça-feira, 8 de março de 2011

Homenagem à mulher, no seu Dia Internacional


 À Minda, eterna namorada e amor dos meus dias

sim, eu sei que és o fogo
moldas  as pequenas coisas
com mãos de mar
e de gaivotas e de amor
em obras de arte sem par

cada instante transformas
numa eternidade de estrelas
onde apetece morar

das papoilas tens o sorriso quente
e a imensidão do silêncio
por haver

os frutos são teus e não da terra
as fontes cantam a sede
de repente
como cristais de música
ou luar a anoitecer

eu sei que és a luz e és a neve

branca e bela como as manhãs
quietas de sol
o corpo nu a boca breve
a minha casa onde enlouquecem
os barcos e navegam as rãs
de encontro às palavras
que apetecem

eu sei que és flor e alma
estrela e água
amante fêmea mãe
simplesmente mulher
que me chama
onde aprendo a ser
chuva deserto lume
ave ou cama
homem e primavera

2 comentários:

Unknown disse...

Boa noite Dr. Coimbra,
assisti hoje aqui a um momento lindo de poesia.

Gostei muito!

Beijinhos,
Ana Martins

ARTUR COIMBRA disse...

Obrigado, Ana.
Todas as mulheres merecem o seu dia, todos os dias.
A minha em particular!...
Bjos.