sexta-feira, 18 de março de 2011

II JORNADAS LITERÁRIAS: A FESTA DA CULTURA FAFENSE!





Imagens do espectáculo de abertura das Jornadas, no Pavilhão Multiusos
Hoje gostaria de enaltecer e valorizar um evento cultural que está a decorrer em Fafe, desde a passada segunda-feira, 14 de Março e até à próxima segunda-feira, 21 de Março. Trata-se da segunda edição das Jornadas Literárias de Fafe, sob o lema “Palavras com Liberdade”.
Desde logo, o que haverá a evidenciar é a adesão à iniciativa de todos os agrupamentos e escolas do concelho. Além do município, que financia e coordena as Jornadas, estão envolvidos na organização a Escola Secundária, os Agrupamentos de Escolas Prof. Carlos Teixeira, Montelongo, Arões, Silvares e Padre Joaquim Flores, a Escola Profissional e o Colégio da ACR Fornelos, bem como o Núcleo de Artes e Letras de Fafe, o Cineclube de Fafe, a editora Labirinto e a Academia de Música José Atalaya. Mas outras entidades locais participam nos diferentes números do evento, que se salda pela maior participação popular em termos de espectáculos e de iniciativas culturais ao longo de todo o ano.
Arruada anunciando as Jornadas no centro da cidade, na manhã
de segunda-feira: grupo de bombos da Escola Profissional de Fafe
Basta ver que na segunda-feira passada, o espectáculo de abertura, no Pavilhão Multiusos, juntou várias centenas de jovens de inúmeros estabelecimentos de ensino e bem mais de mil espectadores, durante mais de duas horas onde imperou a música, a dança e a poesia. Um espectáculo belíssimo, que agradou a quem teve o privilégio de a ele assistir (imagens acima).
Entretanto, foram lançadas duas revistas (na segunda-feira, o número 4 de ConVida, da Escola Secundária e na quinta-feira, a Dextinos, da Escola Profissional, às quais voltaresmos), na terça-feira os fafenses viram o belíssimo documentário "José e Pilar" e na quarta-feira durante o dia realizaram-se dois espectáculos da teatro "Auto da Barca do Inferno", de Gil Vicente, pela Filandorra, que lotaram o Teatro-Cinema de Fafe.

Auto da Barca do Inferno
Na quarta-feira à noite, a sala polivalente da Biblioteca Municipal encheu para ouvir o escritor, guionista e presidente da Câmara de Santarém, Francisco Moita Flores, que falou sobretudo da sua mais recente obra romanesca, Mataram o Sidónio e deixou um discurso de esperança quanto ao futuro deste país.

Francisco Moita Flores, em Fafe
Na quinta-feira à noite, teve lugar o lançamento da obra poética do fafense António de Almeida Mattos, com o título A Ilusão do Breve (edição Labirinto), apresentada pela Professora Doutora Isabel Pires de Lima.
Na sexta-feira continuam os espectáculos de teatro para a população escolar, além de actividades realizadas em cada agrupamento e escola, em homenagem ao patrono que elegeu. Voltaremos a estes temas, com imagens.
Faltam três dias para o final das II Jornadas. O realce vai para o grande espectáculo a realizar no sábado, dia 19 de Março, intitulado “Memórias de um Povo”, que avivará tradições, usos e costumes e levará ao Pavilhão Multiusos pelo menos largas centenas de populares de todo o concelho e, finalmente, para o espectáculo de encerramento, no dia 21 de Março, segunda-feira, sob o tema plagiado a Florbela Espanca, “Ser Poeta é Ser Mais Alto”, no Teatro-Cinema, durante o qual serão entregues prémios literários, será declamada poesia e se assistirá à recriação de uma fabulosa obra de Fernando Pessoa (Mensagem), pela Academia de Música José Atalaya.
A cultura em Fafe está em alta, quer em quantidade, quer em qualidade. Indubitavelmente. Pergunte-se às centenas de pessoas que estão a participar activamente nestes eventos. Infelizmente, os “opinadores do costume”, doutorados em maldizer, nos jornais e nos blogues, fingem não saber o que se está a passar; desconhecem o esforço e o sacrifício de dezenas de pessoas que andaram pelas escolas e pelas aldeias a ensaiar e a cativar jovens e menos jovens em torno de uma causa cultural e de lazer. É o silêncio sepulcral e ensurdecedor, quando coisas bonitas se estão a fazer na cidade e no concelho. Parece que ninguém é capaz de dizer bem do que, iniludivelmente, o merece!...
Aos agrupamentos e escolas participantes, às dezenas de esforçados professores da comissão organizadora (eles sabem quem são), a essa alma maior dos maiores espectáculos, sem desprimor para ninguém, mas por justiça, o admirável Carlos Afonso, aqui fica o meu abraço de reconhecimento e de gratidão pelo seu inestimável trabalho em prol de Fafe e da cultura fafense.
Sabemos todos do que estamos a falar!...

Fotos: Manuel Meira Correia

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