Tem sido, na verdade, o acontecimento da semana, quiçá o do mês e até o do ano.
As II Jornadas Literárias de Fafe, que arrancaram a 14 de Março, em diversos palcos culturais do concelho, estiveram este domingo a fruir o belíssimo sol de uma primavera que amanhã começa. Ao sétimo dia, tal como aconteceu com a criação bíblica, a organização descansou. E já não era sem tempo, dado o tremendo esforço a que a maioria dos seus elementos tem sido submetida…
Ficamos aqui com algumas imagens dos três últimos dias de actividades.
Na quinta-feira, dia de grande azáfama nos agrupamentos de Montelongo e de Silvares, em torno de Sophia de Mello Breyner Andresen e de Alice Vieira, respectivamente, de manhã teve lugar na Sala Manoel de Oliveira uma conferência (em duplicado) do professor da Escola Secundária António Teixeira sobre “O sonho na Mensagem e em Os Lusíadas”, enquanto à tarde o agrupamento Montelongo apresentou “Os Contos de Sophia”, no Teatro-Cinema e a Escola Profissional recebeu dezenas de convidados ilustres para abrir a belíssima exposição “Sentir Camões” e apresentar uma excelente revista sobre os dez anos daquele estabelecimento de ensino, Dextinos.
À noite, a Biblioteca Municipal recebeu a apresentação da surpreendente obra de António de Almeida Mattos, A Ilusão do breve, pela Professora Isabel Pires de Lima, amiga do autor e que aqui regressou, o que já se vai tornando um hábito.
Na blogue do Núcleo de Artes e Letras de Fafe desenvolveremos esta semana aquele evento.
Já na sexta-feira, a manhã e a tarde foram preenchidas, no Teatro-Cinema, com uma divertida peça de teatro para o público escolar, com o título “Deixemos o sexo em paz”, pela actriz Maria Paulos. Uma maneira desempoeirada, alegre e pedagógica de falar da sexualidade aos mais novos…
À tarde, na Escola EB 2,3 Padre Joaquim Flores foi aberta uma mostra etnográfica da sua área pedagógica e uma exposição e labirinto de leitura sobre o saudoso patrono da escola, recordando o homem, o pedagogo, o poeta, o amigo, entremeadas por danças, cantares, trajes, instrumentos e jogos tradicionais. No final, foi inaugurado o “Jardim do conhecimento”, no logradouro da escola.
À noite, no Teatro-Cinema, realizou-se um grande espectáculo, que serviu para apresentação do livro Antigo e Futuro, coordenado proficientemente pela professora Orlanda Silva, seguindo-se ainda uma recriação da I República, com um belo texto da docente e dramaturga Vera Freitas, entre outras rubricas de grande interesse etnográfico e cultural.
Finalmente, na noite de sábado, foi grandioso e extenso o espectáculo “Memória de um Povo”, com mais de um milhar de participantes e de espectadores que tornaram o Pavilhão Multiusos um espaço de recordação e recriação de modos de vida, crenças, cultos, danças, utensílios e outras memórias que teceram a identidade dos nossos avoengos. Ao longo de mais de três horas, dezena e meia de grupos e instituições de todo o concelho deram forma viva às antigas procissões, actividades agrícolas, cantares de reis, marchas sanjoaninas, desfiles carnavalescos e outros números de grande impacto identitário local.
Aí ficam algumas imagens.
Fotos: Manuel Meira Correia
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