domingo, 21 de agosto de 2011

Meu querido mês de Agosto (6)

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Mau tempo e baratas tontas

O sol é o condimento necessário e imprescindível para quem se desloca a banhos para as praias, sobretudo do sul do país.
O calendário dos veraneantes está formatado para que o paradigma seja apenas “trabalhar para o bronze”, o que supõe e pressupõe o sol brilhante.
É por isso curioso apreciar o que se passa nos dias em que o astro-rei não brilha do alto dos seus anos-luz, como ainda aconteceu neste fim-de-semana algarvio.
Nesses dias, os veraneantes não sabem, literalmente, o que fazer, descontrolados que ficam. São autênticas baratas tontas a tentar passar o tempo da forma mais criativa, ou eficaz.
Os mais resistentes, mesmo assim, vão para a areia, armados dos seus coloridos guarda-sóis que servem também para abrigar dos pingos de chuva, ou precaver a sua iminência. Jogam à bola, ou às cartas, lêem, ou dormem despreocupados, com a tranquilidade de quem nada tem para fazer.
Os restantes, ou ficam por casa, a ver telenovelas ou a arrepiar-se com os berros da Júlia Pinheiro, ou desdobram-se nas tarefas de lotar os centros comerciais, à cata de nada, simplesmente de que o malfadado tempo passe e o céu mude, como por milagre, do negro chuvoso das lágrimas para o azul celeste, salvo conduto para regressar ao “bronze”.
Só o sabe quem por cá passa, nesta situação.
É mais difícil passar um dia sem sol na praia, em tempo de férias, do que uma semana nas romarias do nosso verde Minho. Que saudades da nossa alma de portugueses!

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