Lê-se e fica-se estupefacto com a desfaçatez do régulo da Madeira, a qual, francamente, parece que não é parte integrante do território português, tal a disformidade de comportamentos, decisões e atitudes no Continente e naquela região autónoma. Dir-se-ia que a Madeira não é Portugal. E não é, de facto, bem vistas as coisas!
AJJ, numa atitude de manifesto desespero arruinado, dispara contra tudo e contra todos, como se não houvesse amanhã. Primeiro, era a “Trilateral”, depois a “Maçonaria”, depois, o “Estado Central” e o “sistema capitalista”. Mais recentemente, foi o “anterior governo e o seu ataque financeiro à região”, através da lei das finanças regionais, foram os “ingleses” e agora “a esquerda”.
Os males endémicos da Madeira, nunca têm nada a ver com o sujeito, com o seu regabofe, o seu despesismo medieval, o seu autoritarismo clientelar. Nos últimos anos, a culpa dos milhões que foram gastos em foguetes e esferográficas foi de Sócrates que, no fim de contas, não deu à Madeira a autonomia que o homem queria.
Como irresponsável que é, para não dizermos mais, AJJ “chuta” sempre as culpas para os outros, de preferência, os “cubanos”, ou seja, todos nós, os que, com os nossos impostos, pagamos os destemperos, os desatinos e o folclore demagógico e eleitoralista que permanentemente o caracteriza. Gasta fortunas para nada e nós é que pagamos. E ainda por cima nos goza, nos ofende e nos enxovalha permanentemente!
Agora ficámos a saber, pelo jornal i, que na Madeira a estrutura governativa é mais pesada do que a do Continente.
A megalomania da governação desgovernada, compreende 28 direcções regionais, 5 institutos, 33 empresas públicas ou participadas, algumas completamente falidas.
Fecharam o ano de 2010 com 33,6 milhões de euros de prejuízo e resultados transitados negativos de 471 milhões de euros.
Toda aquela máquina deve 5242 milhões de euros, um valor superior a toda a riqueza gerada pela actividade económica da região.
Agora, que o governo mudou, AJJ vem proclamar que aumentou a dívida da Madeira, “para poder negociar com o governo liderado pelo PSD”. Vem, assim, pedir, de joelhos, que o governo central forneça uns bons cobres para refazer a liquidez da “Pérola do Atlântico” para que, depois, possa vociferar, mais uma vez, contra os continentais que o sustentam com língua de palmo e têm de aturar as suas diatribes irresponsáveis.
Para o sujeito que governa a região, a solidariedade nacional que obriga à contenção é uma treta. Ele quer é dinheiro fresco para continuar a esbanjar à tripa forra o dinheiro de todos os portugueses, com a suave e costumada complacência de Lisboa, de quem espera agora “cumplicidade política”, pois então?!
Desde 2005, a dívida da Madeira mais que duplicou. Passou dos 478 milhões para os 963 milhões, em 2010, ou seja, mais de 101,5%.
Ao que se lê, e não se acredita, o governo regional dá anualmente a um jornal da Madeira, afecto e propagandeador do regime, 400 mil euros. É inacreditável que em Portugal este salazarismo abjecto ainda seja possível e ninguém diga nada!...
Esta péssima gestão dos dinheiros públicos não é capaz de uma mera palavra de condenação dos corajosos governantes actuais do PSD, tão patrioticamente afoitos a extorquir metade do subsídio de Natal dos trabalhadores e a decretar impostos e aumentos de serviços, num ataque despudorado à classe média e aos portugueses de mais fracos recursos financeiros. Os mais ricos ficam de fora, como convém!...
Eles é que (não) pagam a crise!...
PS – Eu, muito modestamente e abominando a arrogância, a insolência continuada, o despotismo, o falabaratismo, o vazio cultural e intelectual do sujeito, o culto da personalidade, o desperdício financeiro reiterado, não me importo nada que a Madeira se desvincule de Portugal e se torne, não autónoma, mas absolutamente independente. Sempre se poupavam uns milhões que estão a forrar os cofres de quem não o merece, é ingrato e passa a vida a insultar os portugueses que lhe pagam a existência.
O sujeito para quem a solidariedade nacional é meramente unívoca: de cá para lá, sempre, como se viu aquando das inundações do Funchal, em que teve de amochar a orelha e tão “amigo” ficou de Sócrates, até à próxima punhalada...
De cá para lá, vai dinheiro a rodos; vão turistas, vai solidariedade institucional e leis gerais da República.
De lá para cá, apenas insultos, afrontas, provocações, farisaísmo puro e duro. Que se dane e que nos deixe em paz.
Independência para a Madeira, já!
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