terça-feira, 27 de março de 2012

III Jornadas Literárias de Fafe foram fabulosas!



·        Lamentável a ausência de cobertura mediática do evento

As III Jornadas Literárias de Fafe terminaram, na noite de sábado passado, com um notável espectáculo de encerramento, no Teatro-Cinema, sob o título “As Palavras e o Tempo”, durante o qual intervieram a orquestra de sopros e os coros básico, complementar e de pais da Academia de Música José Atalaya, num total de cerca de 300 pessoas, sob a direcção musical de José Ricardo Freitas.
Foram executadas, nesse soberbo concerto de qualidade, a fantasia sinfónica “Don Quixote de la Mancha” e “Alma, Cantata Op. 23)”, de homenagem ao poeta Manuel Alegre.
Foi o culminar de duas semanas intensas de actividades culturais que se desenrolaram na cidade, a que se acrescentam os eventos levados a cabo em praticamente todas as freguesias ao longo de um mês, envolvendo as autarquias e as colectividades e instituições locais, num recriar de paixões a todos os títulos louvável!
Na ocasião, como parte integrante da comissão organizadora, tive oportunidade de considerar quer as Jornadas correram da melhor forma. O concelho esteve em movimento neste último mês, que não só nas duas mais recentes semanas.
A cultura espalhou o seu perfume de encanto e magia por todo o concelho. E toda a população a viveu e recriou superiormente. Magistralmente!
As III Jornadas Literárias de Fafe desenrolaram-se entre os dias 09 e 24 de março, movimentando milhares de pessoas, num vasto conjunto de iniciativas, que resultam de uma parceria entre a Câmara Municipal de Fafe e todas as escolas e agrupamentos do concelho, dos vários graus de ensino, além do movimento associativo e da grande maioria das juntas de freguesia.
A organização orgulha-se de acentuar a conjugação de esforços de tanta gente e de tantas escolas e instituições do concelho. Estas Jornadas fizeram história. Pelo número e envolvimento de tanta gente e tantos parceiros.
O presidente da Câmara, José Ribeiro, na sessão de encerramento, considerou “fantásticas e relevantes estas Jornadas, que superaram claramente as expectativas”, ao movimentarem todo o concelho “como nunca antes se vira”, criando, assim, fortes responsabilidades para a próxima edição das Jornadas, que já foi anunciada.

O único lamento, foi para a ausência de cobertura mediática das Jornadas, que não correspondeu minimamente à importância social e cultural que granjearam.
A terceira edição deste evento arrancou com um grandioso espectáculo, com a participação de mais de 1500 crianças e jovens, de escolas e instituições diversas, a que assistiu, em representação do Ministério da Educação, o escritor Fernando Pinto do Amaral, Comissário do Plano Nacional de Leitura.


De destacar ainda – em mais de duas dezenas de acções, desde espectáculos musicais e de teatro à apresentação de obras literárias e encenações diversas – a recriação epocal “Com Fafe ninguém Fanfe”, relativa às elites económicas, sociais e culturais mais relevantes da época “Fafe dos Brasileiros” (segunda metade do século XIX e primeiras décadas do século XX).


O momento alto das Jornadas aconteceu na tarde de domingo, 18 de março, quando milhares de pessoas, incluindo 4 mil figurantes, apesar do tempo instável, encheram as ruas da cidade para assistirem ou participarem na recriação da vinda do Rei D. Carlos I a Fafe, acontecida há 105 anos, em 1907.
Foi um momento vibrante de bairrismo, de esplendor da cultura, de paixão das freguesias pelos seus valores e potencialidades, através de esplêndidas mostras etnográficas. Juntas de freguesia, associações e populares deram vida, cor e conteúdo à memória do que Fafe tem de melhor!


A segunda semana das Jornadas, foi mais voltada para o público escolar, com atividades nas próprias escolas em torno de autores escolhidos, espectáculos de teatro e outras realizações.
Destaque mereceu o Dia Mundial da Poesia, que incluiu um grande espectáculo no Teatro-Cinema, com poesia, música e dança, e durante o qual foi lançada uma colectânea de textos de estudantes das escolas do concelho e entregues prémios literários a outros jovens. O actor brasileiro Gracindo Júnior esteve presente e participou no evento.
As III Jornadas englobaram ainda uma ação de formação para professores e outros interessados, bem como a inauguração do percurso pedestre “Os Caminhos de Camilo”, com partida e chegada à Casa do Ermo, em Paços, na tarde de sábado (ver post anterior).

Estamos todos de parabéns!
A autarquia, que emparceirou e financiou os eventos. Uma palavra de reconhecimento ao Presidente da Câmara e ao Vereador da Cultura que abraçaram a aventura, desde o seu início!
As escolas, que colaboraram com inexcedível entusiasmo e viveram as Jornadas com múltiplas iniciativas!
As Juntas de Freguesia, associações e instituições, que não se pouparam a esforços para apresentarem o melhor que têm e sabem!
De parabéns está a equipa organizadora, que incluiu os professores Carlos Afonso, Paulo Teixeira, Maria José Cerdeira, Fátima Caldeira e Etelvina Castro, além do signatário.
Mas também todos os colegas que colaboraram activamente na organização do programa nas várias escolas e agrupamentos.
Todos merecem os maiores agradecimentos.
Como também a Escola Profissional, pelo grafismo desta e das anteriores Jornadas (muitos parabéns ao criativo Pedro Teixeira), e pela reportagem fotográfica e de vídeo.
E a todas as associações e instituições que colaboraram nos vários espectáculos e iniciativas: Academia de Música (grande Carla Lopes!...), Escola de Bailado, AAPAEIF, Grupo Nun’Álvares, Leões do Ferro, Rancho Folclórico de Fafe, Jardim-de-infância Montelongo, Restauradores da Granja, e tantas outras.
E todas as Juntas e agremiações que recriaram a História nas suas freguesias e a trouxeram à cidade na majestosa encenação de domingo 18 de março!...
As Jornadas são e foram milhares e milhares de pessoas em movimento cultural e educativo.
Bem-haja a todas, individual e colectivamente!...

Fotos: Manuel Meira Correia!

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